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Pavê ou para beber? Dicas de harmonizações na ceia natalina

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Raquel Poleto Fonseca

O Natal no Brasil é uma celebração de sabores tropicais e pratos que combinam tradição e criatividade. Família e amigos reunidos, esmero no preparo de muitos pratos – cada um a seu gosto, música, festa e celebração. Mas entre o especial do Roberto, a Simone perguntando “o que você fez” e o presente de amigo X, como escolher o vinho ideal para acompanhar o peru, o salpicão e, claro, o pavê? Relaxe! Aqui vão dicas práticas para impressionar na sua ceia.

Frescor das borbulhas

Nosso Natal é em pleno verão, então podemos abusar dos espumantes! Brancos ou rosés, escolha um Brut – ele é seco e fica perfeito para entradas, como castanhas, bruschettas e bolinhos de bacalhau. A acidez e o gás ajudam a limpar o paladar e preparar para os pratos principais, além de dar aquele clima elegante ao início da noite.

Mesa posta

A deliciosa diversidade de uma mesa de Natal é desafiadora para harmonização, pois não há como escolher um único vinho para acompanhar todos os pratos. Como já falamos em outros artigos do Taça e Prosa, para uma boa combinação, é preciso levar em conta o corpo do prato e do vinho, para que haja equilíbrio entre ambos. Assim, podemos separar os alimentos em algumas categorias para facilitar nossa vida nesse dia tão especial:

Aves e seus acompanhamentos

O peru, o rei da mesa, tem uma carne leve e suculenta, que combina com vinhos tintos de corpo leve, como Pinot Noir ou Merlot. Já o chester, mais delicado, vai bem com brancos incorporados, como a Sauvignon Blanc ou rosés refrescantes, das uvas Garnacha e Syrah. O importante aqui é pensar também nos acompanhamentos, como farofa e molhos. Escolha um vinho versátil que complemente os sabores sem ofuscar o prato.

Bacalhau e sua herança portuguesa

Na ceia brasileira, o bacalhau ganhou seu espaço. Servido com natas, ao forno e com vegetais de acompanhamento, geralmente é prato mais delicado, mesmo com seu sabor marcante. Alimentos assim pedem vinhos brancos de boa acidez. E nada melhor do que recorrer às origens do prato, degustando um bom vinho branco português, como um Alvarinho ou um Encruzado. Já receitas mais robustas, como o lombo de bacalhau assado, harmonizam bem com tintos médios de regiões como o Dão e de Lisboa. Os portugueses são mestres em blends de uvas. Então, ao comprar, procure os tintos por região.

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Carnes suínas e toque tropical

Pernil e lombo brilham nesse dia, especialmente quando temperados com especiarias ou frutas cítricas, como abacaxi, laranja, e ainda recheados com farofa agridoce. Pernil de porco é um corte mais gorduroso, portanto combina melhor com vinhos tintos. Uvas como Syrah ou um Carménère ou ainda um Zinfandel são coringas para acompanhar esse tipo de prato, realçando as especiarias nas marinadas. Tintos com intensidade de fruta (e alguma passagem por madeira – não precisa ser muita) podem se dar bem aqui. 

Já o lombo é um corte mais magro, porém também com muito tempero e recheios, e não raro servidos com frutas secas e molhos agridoces. Nesse caso, essa sutileza de sabores puxando para o agridoce remete a possibilidades que vão de brancos, também delicados e frutados, como um Viognier ou um Torrontés, chegando até aos rosés, que não necessariamente precisam ser extremamente secos e minerais, podendo abarcar os mais frutados (portugueses, por exemplo).

Doces e sobremesas

Aqui o lema é simples: o vinho deve ser tão doce quanto a sobremesa. Para o pavê, pudim, rabanada, escolha um colheita tardia ou um licoroso. Para o panetone tradicional, um espumante Mostcael nacional é o casamento perfeito. E se forem aqueles chocotones desesperadamente recheados, vá de Porto. Se a sobremesa for de frutas frescas, um frisante meio seco será muito refrescante e suave. O importante é deixar o dulçor do prato e do vinho saltar ao coração, enternecendo nosso desejo de boas festas.

Essas dúvidas podem surgir na hora da compra, mas você pode pedir ao sommelier da loja, do mercado, do Instagram, a orientação mais adequada para seu cardápio. Se o vinho não combina perfeitamente com o prato, não se preocupe! O verdadeiro espírito natalino está em dividir momentos ao redor da mesa com as pessoas que você ama.

Compartilhe com a gente as suas harmonizações preferidas no Natal!

Boas festas e muita harmonia no seu Natal! Saúde!

Raquel Poleto Fonseca, natural de Cachoeiro de Itapemirim, é escritora, contadora e sommelière de vinhos pelo Instituto Federal de São Paulo, com certificações especializadas pela Embrapa Uva e Vinho, Instituto Federal do Rio Grande do Sul e Enagro. É curadora de confrarias e do projeto Livros e Vinhos, unindo sua paixão por palavras e vinhos para criar experiências que conectam pessoas

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