Estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil mostra que país perde em média 38% da água que é captada. Em 20 anos, Cachoeiro de Itapemirim saiu de uma perda total de 56% para 25,05%, um dos melhores índices do País, contra 37,98% da média nacional
O Instituto Trata Brasil, instituição sem fins lucrativos que atua para o desenvolvimento do saneamento básico no Brasil, em parceria com a GO Associados, divulgou neste mês um estudo que chama a atenção para um problema grave no País: em média, 38% de toda a água captada no Brasil se perde em vazamentos, ligações clandestinas e falhas de leitura de hidrômetro.
A perda financeira é da ordem de R$ 11 bilhões em todo o país, valor superior ao total investido anualmente em saneamento.
O custo ambiental também é altíssimo. Nada menos do que 6,5 bilhões de m³ de água, o equivalente a mais de 7 mil piscinas olímpicas, são desperdiçados.
Em Roraima, estado com o pior índice, a perda na distribuição chega a 75%, o que significa que, a cada 100 litros de água captada 75 litros se perdem antes de chegar às pessoas. Em seguida, estão Amazonas (69%) e Amapá (66%).
Em Cachoeiro de Itapemirim, a BRK Ambiental tem um trabalho estruturado voltado exclusivamente ao controle de perdas.
Até 1997, o índice na cidade era acima de 55%. Com a concessão dos serviços de água e esgoto à iniciativa privada em 1998, que completará em julho próximo 21 anos, os investimentos contínuos na modernização de redes aliados a um trabalho intenso de mapeamento de áreas mais sensíveis e a um corpo técnico que aplica tecnologia para identificar esses vazamentos contribuíram para reduzir o índice de perdas totais para 25,05%.
“O controle de perdas é um dos itens mais importantes de uma operação de saneamento básico. A concessionária investe muito em tecnologia para buscar formas de identificar e corrigir vazamentos com mais agilidade porque sabemos que isso tem um impacto ambiental muito significativo”, destacou Bruno Ravaglia, diretor da BRK Ambiental em Cachoeiro de Itapemirim.