Uma nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quarta-feira (19), apresenta um dado alarmante: um em cada três municípios registrou em 2017 ocorrências de endemias ou epidemias provocadas pela falta de saneamento básico.
Segundo o levantamento, 34,7% dos municípios possuem casos de endemia ou epidemia desse tipo de doença. A mais citada na pesquisa é a dengue, com 29,6% das cidades. Diarreia vem em segundo lugar com 23,1%, enquanto verminoses e chikungunya ocupam a terceira posição, com uma proporção de 17,2%.
A boa notícia é que houve um crescimento no número de cidades com plano municipal de saneamento básico. O percentual era de 10,9% em 2011 e aumentou para 41,5%.
Cachoeiro de Itapemirim está entre as cidades que dispõem de plano estruturado de investimento para o setor. E, segundo a concessionária BRK Ambiental, que administra o serviço no município, a previsão é de investimento de R$ 30 milhões em água e esgoto até 2022.
Os dados divulgados pelo IBGE são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), que abordou aspectos da gestão de saneamento em 5.570 cidades.
“Essa pesquisa demonstra a importância de as cidades planejarem suas ações em busca da universalização do sistema”, afirma Bruno Ravaglia, diretor da BRK Ambiental em Cachoeiro.
O município completou em julho 20 anos da concessão dos serviços de água e esgoto. E, nesse período, de acordo com a empresa, a iniciativa privada investiu R$ 213,8 milhões para levar água e esgoto aos 71.823 imóveis.
De acordo com a BRK Ambiental, em 1988, Cachoeiro contava com 5% do esgoto tratado. Hoje, possui 98,40% do esgoto coletado, dos quais 98,15% são tratados. Outro dado é que 99,60% da população é abastecida com água potável e o índice de perdas físicas passou de 56% para 13,51%.