Petroleira recebe licença de perfuração para campo no sul do ES

A Prio, empresa independente de óleo e gás do Brasil, obteve, na última sexta (28) a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar a perfuração do campo de Wahoo, localizado no sul do Espírito Santo.

Com a liberação, a companhia dará início à mobilização para a campanha de perfuração, que inclui seis poços – quatro produtores e dois injetores.

O CEO da Prio, Roberto Monteiro, destacou a importância do projeto: “Wahoo é a nossa prioridade e um projeto para o qual estamos preparados há bastante tempo. Além de aumentar nossa produção em até 40 mil barris por dia, sua operação movimentará a economia com empregos e futuramente com a geração de mais de R$ 4 bilhões de royalties para o Espírito Santo e para a União ao longo de sua vida”.

De acordo com a Prio, antes mesmo da operação, o projeto já movimentou cerca de R$1 bilhão na cadeia de fornecedores locais. A próxima etapa inclui a avaliação do Estudo de Impacto Ambiental, essencial para a obtenção da licença prévia e da licença de instalação da infraestrutura submarina. “Enquanto damos os próximos passos com relação ao licenciamento, seguimos fazendo adequações no FPSO de Frade para acomodar a nova produção”, explicou Francilmar Fernandes, Diretor de Operações da Prio.

Tecnologia e inovação no desenvolvimento do campo

O campo de Wahoo é o primeiro totalmente desenvolvido pela PRIO. A produção será viabilizada por uma conexão submarina (tieback) de cerca de 30km de extensão, ligando Wahoo ao FPSO Frade, que possui uma capacidade de processamento de 100 mil barris de óleo por dia.

Adquirido em março de 2021, o campo teve sua comercialidade declarada em dezembro do mesmo ano, após estudos de viabilidade. Embora já existam poços exploratórios que comprovam a presença de petróleo, a operadora anterior não desenvolveu a infraestrutura necessária para a produção. “A interligação com o FPSO Frade é crucial para o sucesso do projeto, pois sem essa estrutura, Wahoo seria inviável economicamente”, destaca o Diretor de Operações da Prio.