O inquérito que apurava o assassinato da transexual Anna Maria Max de Souza no dia 1º de maio no interior de Itapemirim foi concluído.
Duas armas que teriam sido usadas para executar a jovem foram recuperadas pela 9ª Delegacia Regional do município na manhã de terça-feira (22).
As armas, de calibre 38, foram encontradas durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, sendo localizadas em uma bolsa no quintal de uma casa no bairro Campo Acima, em Itapemirim, de acordo com a polícia.
O titular da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim, o delegado Djalma Pereira Lemos, disse que o processo de identificação do amamento se deu após análise de imagens.
“Identificamos as armas por meio de fotos armazenadas no celular de um indiciado, de 52 anos, também tio de consideração do preso, que acreditou ter apagado as referidas imagens.
Entretanto, as fotografias foram recuperadas pelo setor de inteligência da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim e as armas identificadas”, informou o delegado.
SAIBA MAIS
Na madrugada do dia 1º deste ano, a vítima, Anna Maria Max de Souza, foi alvo de vários disparos de arma de fogo no bairro Maraguá, em Itapemirim. Ela foi encontrada abandonada e sem documentos de identificação.
“Realizamos a identificação da vítima, por meio de coleta de depoimento de testemunhas e familiares, e depois identificamos o veículo utilizado pelos suspeitos para levar a mulher ao local de sua execução. A vítima, ao sair com os autores do crime, temia ser morta e ligou para um familiar, avisando que estaria saindo com pessoas suspeitas”, disse o delegado Djalma Pereira Lemos.
Segundo ele, vítima foi atraída no município de Anchieta e levada para o bairro Maraguá, onde foi assassinada, já que seria testemunha de acusação em um júri que aconteceria no dia quatro de maio.
O júri seria a respeito de um homicídio que ocorreu na Ilha do Gambá, em Piúma, no ano de 2018 . No dia do crime, o parceiro dela foi executado com um tiro na nuca enquanto eles estavam tendo relação sexual.
“Na época, ela conseguiu escapar dos tiros e reconheceu os suspeitos. Ela foi morta para que não testemunhasse nesse processo”, frisou Lemos.
Ainda segundo o titular da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim, ao todo, cinco suspeitos foram identificados no crime, até o momento.
São dois irmãos ‘pistoleiros’ de Araruama, no Rio de Janeiro, que vieram ao Estado a pedido e por intermédio do irmão de criação que morava em Marataízes, um segurança que trabalhava em uma loja comercial e tinha um terreno próximo ao local onde a mulher foi morta.
“Os três ainda contrataram uma quarta pessoa, dona do veículo utilizado no crime. O quinto envolvido seria o pai do ex-companheiro da mulher, morto em 2018. Ele não aceitava o relacionamento dos dois”., esclarece o delegado.
Os suspeitos vão responder por homicídio qualificado. Após o cumprimento do mandado de prisão temporária, os três suspeitos detidos em Anchieta e Marataízes foram encaminhados ao sistema prisional capixaba.
Já o suspeito detido no Rio de Janeiro foi recambiado pela equipe da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim para o Espírito Santo.
“As investigações continuam com intuito de deter o quinto suspeito, que está foragido no Estado do Rio de Janeiro. “Divulgamos a foto do quinto indivíduo para a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, que está sendo procurado por nossos colegas do Rio de Janeiro, já que ele lá se encontra homiziado”, finalizou o delegado.