A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (28), um homem de 25 anos que, junto com a família, embarcou no veículo do taxista de 77 anos que está desaparecido desde a tarde de terça-feira (27), em Alegre.
Jamiro Alberto da Silva desapareceu após partir do ponto de táxi na Praça Seis de Janeiro, acompanhado por um casal e duas crianças.
Um vídeo mostra o momento em que a família entra no táxi.
O veículo do taxista, um VW Voyage de cor branca, foi encontrado queimado na manhã seguinte em uma estrada de chão entre Cachoeiro e Muqui, mas Jamiro permanece desaparecido.
De acordo com a polícia, o suspeito e sua mulher, de 24 anos, foram localizados e levados para a Delegacia de Alegre, onde foram interrogados.
Eles alegaram que solicitaram a corrida até a localidade de Santa Fé, situada entre Cachoeiro e Muqui.
No meio do trajeto, o irmão do primeiro passageiro, de 19 anos, entrou no táxi. Em Santa Fé, a mulher e as crianças foram deixadas, enquanto os dois homens seguiram com o taxista até Muqui, alegando que precisavam comprar fraldas e cigarros.
Segundo relato, após as compras, os dois irmãos teriam pago R$ 350 pelo serviço e se despediram do motorista.
Segundo o chefe da 6ª Delegacia Regional de Alegre, delegado Fábio Teixeira Machado, a prisão temporária foi decretada após a identificação de fortes indícios de envolvimento no desaparecimento, incluindo o fato de que o detido esua família foram os últimos a serem vistos com a vítima.
“Durante o depoimento, o suspeito confirmou que esteve com o taxista, mas negou qualquer envolvimento em um crime, alegando que o taxista o deixou na casa de sua mãe após algumas paradas”, disse o delegado.
A esposa do suspeito chegou a ser ouvida, mas foi liberada, já que, até o momento, não há indícios suficientes para afirmar sua participação no caso. O segundo suspeito, irmão do detido, está foragido e ainda não foi localizado.
“Quanto aos possíveis crimes, a investigação ainda não pode confirmar se houve homicídio, latrocínio ou outro crime, já que a vítima não foi localizada, viva ou morta. O veículo do taxista foi encontrado carbonizado, reforçando as suspeitas de que um crime grave ocorreu, mas aguardaremos mais evidências antesde fazer qualquer afirmação conclusiva”, explicou o delegado.
Texto editado às 15h30 de quinta-feira (29) para atualização das informações