A Prefeitura de Cachoeiro enviou à Câmara Municipal projeto de lei, em regime de urgência, que autoriza o município a pagar R$ 825,3 mil ao Consórcio Novotrans como subsídio pelo serviço de transporte público.
Como o projeto prevê o pagamento do subsídio para um período de quatro anos, entre 2018 e 2021, o valor total a ser desembolsado pela prefeitura será de R$ 3,3 milhões.
A proposta do município é pagar R$ 0,15 por passagem. E o valor é retroativo a 1º de janeiro deste ano. Não haverá aumento da tarifa, que atualmente está em R$ 3,20.
Pelo projeto, o subsídio será repassado mensalmente ao consórcio que é composto por quatro empresas: Real, Flecha Branca, Santa Luzia e Costa Sul.
Na justificativa do projeto, o prefeito Victor Coelho ressaltou que a concessão do transporte coletivo soma acumulado de perdas ao longo dos anos, que implicaria em um valor de R$ 3,35 na passagem.
Também alega que se o reajuste fosse repassado à passagem causaria um impacto negativo sobre os usuários.
A reportagem tentou ouvir a prefeitura, enviando alguns questionamentos, mas o município não respondeu. Alegou que o posicionamento oficial está na justificativa do prefeito que consta no projeto encaminhado à câmara.
O representante do Consórcio Novotrans, o empresário Eduardo Carlete, atendeu o repórter.
Ele explicou que o sistema de transporte está desequilibrado devido à queda de passageiros por conta do desemprego, que reduziu o número de vale-transporte, e também pelo aumento dos insumos, como combustível e pneus, e dos salários.
“Representa um alívio ao sistema como um todo. Esse subsídio vai cobrir um buraco, pois a empresa está com defasagem e enfrenta dificuldade para honrar seus compromissos”, ressaltou.