Um homem de 38 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (1º), na zona rural de Guarapari, por ter participado do sequestro da vereadora Lari Bortolote Marcon, a Lari Camponesa, em Rio Novo do Sul, em agosto do ano passado.
A ação foi realizada pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim, com apoio de policiais da Delegacia Regional de Guarapari.
Contra Fabiano Ramos Alfaiate havia mandado de prisão preventiva expedido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no dia 18 de janeiro deste ano.
O delegado Felipe Vivas, de Cachoeiro de Itapemirim, confirmou que o homem é apontado como um dos autores do crime e revelou também que existem mandados de prisão por homicídio e tráfico de drogas contra ele.
De acordo com o delegado Raphael Ramos, de Guarapari, policiais disfarçados foram até Taquara do Reino, zona rural de Guarapari, procurar o homem. Não houve resistência, nem troca de tiros.
A corporação não repassou à reportagem detalhes sobre as razões pelas quais o suspeito sequestrou a primeira vereadora trans eleita no Estado.
O sequestro
No começo da manhã do dia 22 de agosto do ano passado, dois homens armados chegaram no curral da família de Lari Camponesa – onde ela estava com o pai e um funcionário – em um carro, ameaçando a todos. A vítima foi levada pela dupla, que teria dito que não faria mal a ela.
No mesmo dia, por volta das 22h45, a Polícia Civil informou que ela foi resgatada. A Polícia Militar explicou que, horas depois do sequestro, criminosos teriam entrado em contato com um irmão da vítima por telefone, pedindo R$ 250 mil de resgate.
No dia seguinte, o então secretário estadual de Segurança Pública, Marcio Celante, informou que a Delegacia Antissequestro e a Superintendência de Policiamento da Região Sul conseguiu localizar o cativeiro para onde a vereadora havia sido levada na região de Ubu, em Anchieta.
Dois suspeitos foram detidos na ocasião e armas, munições e entorpecentes foram apreendidos.