O fotógrafo e artista Julio Cesar Pires abre os trabalhos da Sala Levino Fanzeres em 2021 com a exposição LABOR, um trabalho que circulou pela América Latina, aclamado pela Universidade de Salamanca, na Espanha, e que será apresentado pela primeira vez em Cachoeiro de Itapemirim, através da Lei Rubem Braga. O lançamento será na próxima sexta-feira (15), a partir das 12h, no Palácio Bernardino Monteiro.
A LABOR é resultado de um trabalho minucioso de cinco anos, em que o artista registrou o cotidiano dos pescadores artesanais da região costeira do Sul do Estado. As imagens, representam de maneira inspiradora a vivência daqueles que dependem do mar para sustento de suas famílias.
O projeto ganhou grande destaque quando foi selecionado no programa de residência artística da Universidade de Salamanca, uma das maiores instituições da Europa, fazendo de Julio o único fotógrafo capixaba a ser contemplado nessa residência. A partir de então, foram sete exposições em seis países.
Além da Espanha, Labor viajou para as capitais do México, Peru, Argentina, Chile e Colômbia, onde foi exposta no Instituto de Cultura Brasil Colômbia e também na Konrad Lorenz University Foundation se tornando a iniciativa cultural que mais promoveu a cultura dos pescadores artesanais capixabas fora do Brasil com mais de 20 mil pessoas circulando nas exposições.
Projeto
O fotógrafo cachoeirense explica que LABOR é um projeto muito especial, já que cada imagem reflete os anos de pesquisa e busca em torno da foto que de fato retratasse a alma dos pescadores da região.
“LABOR chega em casa depois de um intervalo de 5 anos da minha primeira exposição na Sala Levino Fanzeres. De lá para cá, tive a oportunidade de expor este trabalho e promover a cultura do meu Estado lá fora. Este projeto também me levou para a Universidade de Salamanca, na Espanha, onde cursei a residência artística e fiz minha primeira exposição na Europa. É um trabalho importante para minha formação como pessoa e fotógrafo”, explica Julio Cesar.
A ideia inicial de expor em Cachoeiro era promover um vernissage com venda de obras e reverter a renda para comunidades de pesca artesanal do litoral Sul, porém com as medidas de segurança impostas pela covid-19, a ideia foi inabilitada, mas a proposta ainda está de pé para um momento futuro.
A exposição terá acesso limitado por conta dos protocolos implantados para enfrentamento da doença na cidade. O público poderá conferir o trabalho de Julio Cesar Pires, de segunda à sexta-feira, sempre de 12h às 18h.