Uma produção cinematográfica do Espírito Santo pode parar nas telas do Festival de Cinema de Veneza em 2020. Essa é a expectativa de toda a equipe do projeto de filme capixaba que está entre os 12 selecionados para participar da Biennale College – Cinema (BCC), de Veneza, deste ano.
A 8ª edição do evento recebeu 190 inscrições e selecionou nove dos melhores projetos de todo o mundo, por meio da competição Biennale College – Cinema Internacional e três da competição da Itália. Entre as regras de seleção desta edição, é que o projeto de longa metragem tenha uma produção de baixo orçamento.
Esta é a primeira vez que um projeto capixaba chega à BBC, ressalta o diretor capixaba Diego Zon. “Nós confiamos muito no trabalho que estamos desenvolvendo, no que já vínhamos pensando, no estilo de filme que estamos propondo, mas ser selecionado é uma alegria porque querendo ou não isso abre portas para o próprio filme, para o seguimento da carreira. Abre portas e visibilidade para que o projeto de filme encontre parcerias para que ele possa ser possa ser produzido.”
Entre os dias 4 e 15 de outubro, integrantes das equipes selecionadas vão a Veneza participar de um workshop para o desenvolvimento do filme. Segundo Diego Zon, cada projeto vai ser representado por uma dupla de produtores e diretores e quem o acompanhará nessa viagem é a produtora do pré-filme, Ana Cristina Viegas.
“Eu acho que já tem algo muito bonito, muito positivo que é um intercâmbio cultural entre os outros projetos que vão estar por lá. Só da gente estar fazendo essa troca, participando das discussões, das conversas, isso já é uma experiência muito enriquecedora”, comemora Diego.
Patrocínio
A atividade faz parte da primeira fase da Biennale College, que vai selecionar ainda quatro dos 12 projetos para serem financiados pelo Festival Internacional de Cinema de Veneza e exibidos na Mostra de Cinema da BCC de Veneza de 2020. O patrocínio para cada projeto é de 150 mil euros e a seleção está prevista para a última semana de novembro.
A organização do evento orienta os participantes a não falarem sobre o projeto, mas Diego dá um spoiler. O projeto, com o título provisório, “A planta sob a terra selvagem” vai abordar sobre as relações que são reveladas pela passagem do tempo. O desejo do diretor é mostrar também as belezas do Espírito Santo, em especial a região do Caparaó.
“É um cinema que vai ser feito na nossa terra, com a nossa gente, com as nossas paisagens e cultura em si. O Espírito Santo vai estar ali como uma personagem também”, relata o diretor.