Para aqueles que são fãs dos programas transmitidos pelas ondas do rádio, e que desenvolvem uma relação de amizade, admiração e afeto por vozes de locutores que muitas vezes não conhecem, é bom informar que Dia sete de novembro é o Dia do Radialista.
Para homenageá-los, ouvimos Ademir do Valle, 52 anos, que atualmente comanda os programas Pique da Cidade e Amnésia na Rádio Cidade FM de Cachoeiro, e que também já trabalhou na TV Sul.
Ele conta que começou a conviver no ambiente radiofônico no ano de 1986. Iniciou como operador de som na Rádio Difusora AM 770, mas a observação da rotina dos bastidores atraíram o seu olhar e desejo de atuar profissionalmente como radialista.
O sonho se concretizou em 1994, quando estreou como locutor na mesma Rádio Difusora AM. Ele lembra que em rádio AM o profissional tem que ser polivalente, e que além de locutor, fazia o plantão esportivo e apresentava o jornal da emissora.
Durante um período, conta que trabalhou em mais de uma rádio ao mesmo tempo, e atuou também nas rádios Mais FM, onde trabalhou por dez anos, Transamérica, Sim FM e Massa FM. “Estava lá quando foram inauguradas”.
O contato com a magia da música começou bem antes, quando fez parte de uma equipe de som do bairro Novo Parque. ” Meus amigos Adilson, Lauro e João Batista Bourgignon eram DJ’s e eu trabalhava com eles carregando caixa de som e ajudando a organizar os eventos. Dançava, me divertia e participava de tudo”.
Em casa, começou a fazer locução e depois assumiu programas de rádio e não parou mais. A grande satisfação, conta, é criar uma relação de carinho com o público ouvinte.
“Geralmente somos formadores de opinião e as pessoas acreditam no que falamos, o que aumenta a responsabilidade. A gente faz muitas amizades, e isso é muito gratificante”.
Ademir do Valle diz que o sonho de todo locutor é ter a sua própria rádio e produzir a programação que gostaria de oferecer aos ouvintes, mas que tudo é muito caro, o que dificulta que seja alcançado.
Ele diz que tem uma rádio web gospel, a radiorpc.net, e que segue a vida fazendo o que gosta, certo de que já realizou muitos sonhos. e que hoje sabe mais do que nunca que não é a rádio que tem que se adaptar ao locutor. É o locutor que tem que se adaptar à rádio.
Se tivesse que recomeçar, diz que certamente estaria fazendo exatamente o que faz. “O rádio começa de um sonho, vira uma paixão, termina numa eterna conquista”.