Os olhos trêmulos
dizendo em lágrimas
o que o coração sente.
Dor…dor…
A boca emite
sons balbuciantes
“renasci das cinzas”.
As mãos tremem.
Ao telefone
chora…
Alguém ouve
solidariamente.
Será solidão
que afeta?
Será a fome que assola?
Será a escuridão?
Era só uma estranha.
Uma transeunte.
Mas sentia.
Demonstrava dor.
E tinha aquele olhar
De quem pede socorro.
Mas havia um diálogo.
Do outro lado
Alguém falava o necessário.
Acalmava aquela alma.
As mãos perdiam, lentamente,
os tremores.
Os olhos continuavam
em dor,
mas com lágrimas contidas.
Era só uma estranha.
Mas ela sofria.
O meu coração em aflição
tentava ajudar.
Mas ao telefone
ela seguia.
Acalmei-me.
Pois, enfim,
sua voz se tornou mais firme
e com lágrimas já contidas.
Uma estranha.
Dor.
Muita dor.
Voz embargada.
Pedidos de socorro.
Mas serena
como aqueles que padecem no paraíso.
De repente,
Silêncio.
Mas e a dor?

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