Um projeto que lista as espécies ameaçadas de extinção no Espírito Santo aponta que que existem 1.8774 sob risco no Estado. Deste total, 1.430 espécies são de plantas e 444, animais. Os dados fazem parte do projeto “Revisão da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do Espírito Santo”.
Segundo o biólogo Claudio Nicoletti de Fraga, um dos autores do estudo, o dado é atual. “Tudo começou com a criação de um software que se tornou exemplo na área ambiental em todo o país, que atualiza a lista de espécies que podem entrar em extinção”, frisa.
Nicoletti conta que esse software é pioneiro em nível nacional. “Nós somos o segundo estado do Brasil que revisa a lista”, esclarece.
Segundo o biólogo foram definidos vários grupos de conhecimento nas mais variadas especialidades. Entre eles anfíbios, répteis, invertebrados, briófitas, peixes, entre outros.
“Garimpamos todo o estado até chegarmos a esse resultado final: são mais de 1800 espécies ameaçadas de extinção”, pontua.
Segundo o estudo, diversos animais que existiam no Estado já foram completamente extintos, como a ariranha, o peixe-boi, a arara-vermelha e a jacutinga.
Já em relação à flora do Espírito Santo, duas espécies chamaram a atenção dos pesquisadores por estarem com alto grau de risco de extinção: pau-brasil e a orquídea.
Para o engenheiro ambiental Luís Fernando Ricco, quando uma espécie é incluída em uma categoria de ameaça, a presença dela em determinados locais gera um alerta para decisões dos órgãos ambientais em relação às políticas de uso do solo.