Flores têm o poder de transformar ambientes, trazer frescor, cor e alegria ao dia a dia. No entanto, uma das principais desvantagens das flores naturais é sua curta durabilidade. Em poucos dias, as pétalas começam a murchar, o perfume se dissipa e a beleza se perde. Mas existe uma exceção encantadora: a sempre-viva.
Essa planta surpreende por manter seu formato e coloração mesmo após a colheita e a secagem. Sua capacidade de preservar a aparência por meses — e até anos — a torna uma opção ideal para arranjos duradouros, decorações rústicas e até lembranças de ocasiões especiais.
Neste artigo, você vai descobrir o que é a sempre-viva, como ela consegue manter sua beleza por tanto tempo e como utilizá-la em casa para composições que resistem ao tempo.
O que é a flor sempre-viva?
A flor sempre-viva é um nome popular dado a várias espécies de plantas que pertencem, em sua maioria, às famílias Asteraceae, Amaranthaceae e Xyridaceae. O nome não é por acaso: suas flores parecem congeladas no tempo, com textura seca e cores vibrantes mesmo muito tempo depois de colhidas.
Ela pode ser encontrada em diversas regiões do Brasil, especialmente no Cerrado e na região Sudeste. Em áreas de altitude, como na Serra do Espinhaço (MG), a sempre-viva forma verdadeiros tapetes floridos que encantam pela diversidade de formas e tons.
As espécies mais conhecidas são:
- Helichrysum bracteatum (também chamada de sempre-viva-de-papel);
- Gomphrena globosa (globo-amaranth);
- Xeranthemum annuum;
- Syngonanthus nitens, muito usada no artesanato tradicional de Minas Gerais.
Por que a sempre-viva dura tanto?
A durabilidade da sempre-viva se deve à estrutura de suas pétalas, que na verdade são brácteas rígidas, ou seja, folhas modificadas com função protetora. Essas brácteas não contêm muita água, o que impede o apodrecimento e garante uma aparência “naturalmente seca”.
As notícias mais importantes do dia direto no seu WhatsApp! 📲
Além disso, o baixo teor de umidade e a resistência à decomposição fazem com que a flor mantenha cor, forma e textura por muito mais tempo do que flores convencionais.
Como colher e secar a sempre-viva
Apesar de parecer uma flor que “se conserva sozinha”, existem cuidados importantes para colher e preservar a sempre-viva da melhor forma:
Etapas para secagem correta:
- Colha as flores quando estiverem quase totalmente abertas, mas antes que fiquem maduras demais.
- Remova as folhas da haste e junte pequenos buquês.
- Pendure os buquês de cabeça para baixo em local escuro, arejado e seco.
- Aguarde entre 7 e 14 dias para que estejam completamente secas.
- Guarde em local livre de umidade e protegido do sol direto para evitar desbotamento.
Esse processo é simples e pode ser feito em casa, transformando o cultivo em um hobby terapêutico e decorativo.
Como usar a sempre-viva na decoração
A beleza da sempre-viva combina com vários estilos decorativos, especialmente os que valorizam a natureza, o rústico e o artesanal. Veja algumas ideias:
- Arranjos em vasos de cerâmica, barro ou vidro;
- Guirlandas para portas e janelas;
- Decoração de casamentos ao ar livre;
- Buquês para presentear ou eternizar momentos especiais;
- Composição com galhos secos e folhagens preservadas.
Por não precisar de água nem de manutenção frequente, é ideal para quem gosta de flores, mas não tem tempo para cuidar de plantas vivas.
Sempre-viva no artesanato e cultura popular
Em regiões como o norte de Minas Gerais, a sempre-viva é usada na produção de artesanato tradicional, em especial por comunidades de mulheres que criam guirlandas, enfeites religiosos e arranjos para datas comemorativas. Esse trabalho, além de manter viva uma prática cultural, também gera renda e valoriza a biodiversidade local.
Dicas de conservação
- Mantenha os arranjos longe da luz solar direta para evitar que a cor desbote;
- Use spray fixador de cabelo ou laquê para ajudar na durabilidade;
- Limpe a poeira com um pincel seco ou ar comprimido em baixa pressão.