O Selo Arte já é uma conquista para 15 agroindústrias no Estado, que juntas somam 47 produtos certificados. No Espírito Santo, compete ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), a concessão do Selo Arte, que permite que o produto com a certificação possa ser vendido em todo território nacional.
Para que o produto receba o Selo Arte, o estabelecimento, obrigatoriamente, deve estar registrado em algum Serviço de Inspeção Oficial, seja ele municipal (SIM), estadual (SIE OU SIAPP) ou federal (SIF). Também é necessário que o produto seja elaborado artesanalmente, a partir de técnicas predominantemente manuais. As matérias-primas utilizadas devem ser de produção própria ou de origem determinada. A fabricação deve ser individualizada e genuína, mantendo a singularidade e as características tradicionais, culturais ou regionais.
É o caso do socol produzido em Venda Nova do Imigrante, pela família da produtora rural, Thaís Zambão Falqueto, na agroindústria Tio Vé, que possui o primeiro o Selo Arte no Espírito Santo e já realiza a venda do produto para diversos estados.
“Tudo começou com o meu pai que comprou um porco para o consumo da família e usou o lombo, que é a parte mais nobre do animal para fazer o primeiro socol, que é receita de família. Com o dinheiro da primeira venda do socol, ele comprou mais porcos e começou o seu negócio, que hoje é liderado por nós dois. Para mim, manter esse processo é manter a nossa história, a nossa tradição, cultura e características. Hoje o nosso socol não é só um produto, é um aperitivo fino, produzido por uma família e vendido em diversos estados, por conta do Selo Arte”, ressaltou a produtora.
Selo Arte no Espírito Santo
No ano passado, o Idaf publicou a Instrução Normativa nº 17, de 22 de outubro de 2021, que regulamentou a concessão do Selo Arte as cinco categorias de produtos de origem animal: produtos cárneos, produtos lácteos, pescados, ovos e produtos de abelhas e derivados. Antes da instrução, apenas o produto socol poderia receber o Selo Arte.
Entre os 47 produtos que possuem certificação no Estado, estão: socol, linguiça do tipo pernil recheada e defumada, culattelo, lonzino, bresaola, strolghino, presunto cru, copa, speck, pernil de cordeiro, pastrami defumado, lombo defumado, lonza, mel, extrato de própolis e banha suína.
Para o diretor-presidente do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, que esteve em Venda Nova do Imigrante, nessa quarta-feira (13), para a entrega dos Selos Artes nº46 e 47, para as agroindústrias Apiário Fiorin e Caprinova, a concessão do Selo Arte é tida como projeto prioritário do Governo do Estado, que colocou o Espírito Santo na posição de segundo Estado com mais produtos certificados, ficando apenas atrás de Minas Gerais.
“Em menos de seis meses, o Espírito Santo se tornou o segundo Estado com a maior quantidade de produtos com Selos Artes no País, o que garante aos proprietários dos estabelecimentos o aumento da produtividade e renda. Também impacta positivamente no desenvolvimento rural e no turismo capixaba, além do fomento à economia. O produtor que deseja requerer o Selo Arte, pode procurar o Idaf, que está realizando todo o processo em tempo ágil, para beneficiar essas agroindústrias”, afirmou.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Mário Louzada, o Selo Arte, possibilita alavancar as agroindústrias do Estado. “Quando surgiu o Selo Arte, vimos que era a oportunidade que faltava para as agroindústrias crescerem ainda mais e trouxemos imediatamente para o Idaf executar, pois já realizava um trabalho excepcional com as agroindústrias de pequeno porte, por meio do Siapp e Susaf”, disse Louzada.