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Cláudia Melhorato é moradora de Cachoeiro. Foto: Facebook/Cláudia Melhorato

Sesa investiga suspeita de reinfecção por Covid-19 em Cachoeiro

Erika Santos

Um possível caso de reinfecção pelo novo coronavírus está sendo investigado em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. A administradora hospitalar Cláudia Márcia Melhorato, 41 anos, trabalha em um hospital em Castelo e já teve Covid-19 no final de junho. Um mês depois, novamente ela manifestou sintomas da doença e testou positivo mais uma vez.

Em conversa com o portal Dia a Dia ES, Cláudia, que mora em Cachoeiro, contou que realizou o exame de swab nasal no dia 25 de junho e que, ao receber a confirmação do primeiro teste, cumpriu o protocolo de isolamento domiciliar.

Em julho, Cláudia disse que o namorado dela, que é médico e trabalha em UTI intubando pacientes com Covid-19, testou positivo para a doença. De acordo com a administradora, uma semana depois ela apresentou os mesmos sintomas e também ausência de olfato e paladar.

Cláudia foi submetida a um novo exame de swab nasal no dia 29 de julho e o resultado saiu no último domingo (2): positivo para Covid-19.

O caso está sendo acompanhado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que deve apresentar na próxima segunda-feira (10) os dados de uma pesquisa feita pelo governo sobre eventuais casos de reinfecção.

A administradora contou que entre a primeira infecção e a segunda, não tomou cuidados dentro de casa, uma vez que acreditava ter imunidade contra a doença.

Confira a entrevista

Você foi notificada como um possível caso de reinfecção por coronavírus?
Cláudia Melhorato – Sim, por reinfecção. Tive a primeira infecção em junho e fui testada por swab, e aí quando foi dia 29 de julho, eu fui testada novamente positiva porque meu namorado é médico, e ele intuba pacientes com Covid-19 em UTI. Ele acabou se contaminando. Demorou até. E aí eu tive contato com ele porque a gente mora junto e uma semana depois dele ter dado positivo, eu positivei.
Comecei a ter todos os sintomas novamente, porém dessa vez eu fiquem sem paladar e sem olfato. Da outra vez, não. Na quinta-feira (6) que eu tive uma melhora muito boa, que eu fiquei mais ativa. Mas fiquei de cama. Não precisei ir para o hospital porque tenho um médico em casa e que foi me medicando até onde você consegue ir. Mas foi bem complicado dessa vez.

Você mora em que cidade?
Eu moro em Cachoeiro de Itapemirim e trabalho em Castelo, em um hospital.

Onde você fez seu primeiro teste de Covid-19?
Fiz em Cachoeiro. Eu cheguei a fazer o primeiro teste, o sorológico, em Castelo. Ele deu negativo. Mas eu continuei com sintomas e na época me falaram que essa testagem não era muito confiável porque poderia dar um falso negativo, um falso positivo. Então eu fui até a Santa Casa Cachoeiro e fiz o swab, que deu positivo.
O primeiro teste fiz na Santa Casa de Castelo porque a prefeitura doou esses exames para o hospital, que testou todos os funcionários. Dessa leva, 32 empregados testaram positivo. E justamente na época em que forneceram esse exame, eu estava com sintomas. Eu já iria fazer o teste em Cachoeiro mesmo, porque lá em Castelo não fazia. Estavam fazendo no posto e era uma burocracia danada para poder fazer. E as pessoas que estavam tendo sintomas estavam fazendo particular em Cachoeiro.
Corri atrás e fiz o teste em Castelo, que deu negativo. Eu continuei com os sintomas e não me conformei: não sou de ficar doente, não é possível. Então vim pra Cachoeiro e fiz o exame, que positivou.

E você fez todo o procedimento de isolamento domiciliar?
Sim, fiquei em casa e depois voltei a trabalhar normal. Aí o médico que me atendeu me disse que eu teria uns três meses de imunidade. Cheguei a sair, porque tem um grupo de pedal (ciclismo) que eu faço parte toda terça e quinta. Nele, a gente não usa máscara, mas também não tem aquela de estar um cheirando o outro. Era chegar, cumprimentar e partir. Depois, cada um ia para sua casa.
Quando meu namorado testou positivo no final do mês de julho, ele ficou em casa e eu fui trabalhar. Ele também trabalha em Castelo. Nesse período comecei a sentir os sintomas. Eu não tive cuidado com ele dentro de casa porque eu já peguei e pensava que eu tinha imunidade. Nem usei máscara dentro de casa. Vida normal.
Uma semana após o teste dele ter dado positivo, eu comecei a ter os sintomas. Ele perdeu o paladar, eu também perdi. Na segunda-feira comecei a sentir os sintomas, na sexta já não tinha mais paladar.

E o segundo exame?
O último swab nasal fiz na Santa Casa de Castelo. Eles colheram o material e mandaram para Vitória. Não é analisado lá. É feito no Lacen (Laboratório Central do Espírito Santo). Tenho até o resultado que é de lá. O resultado saiu domingo (2). Colhi o material na quarta-feira passada (29 de julho). O médico me deu atestado de quarta até sexta (31) porque se tivesse dado negativo, eu voltaria a trabalhar na segunda (3). Mas quando foi domingo, recebi o resultado positivo.
Na segunda (3), o médico me deu mais sete dias de atestado. Agora só retorno ao trabalho na segunda-feira (10).

E como você está se sentindo agora?
Nesta sexta-feira (7) estou bem. Tem horas que respiro muito, tem uns quatro dias que começou a tosse. Até então eu não estava com tosse. Mas estou tomando remédio pra isso. Se eu respirar muito fundo, seca a garganta e eu começo a tossir. Estou bem melhor agora, mas estive mal. Batia uma dor de cabeça bem forte, parece que vai explodir sua cabeça. E é uma dor no corpo igual dengue. Já tive dengue duas vezes. Parecia mesmo uma dengue.
Na segunda comecei a sentir os sintomas, na terça eu almocei e fui no dormitório da Santa Casa e peguei um colchonete, botei dentro da minha sala, fechei a porta e dormi até 14h30, de tanta dor que eu estava no corpo. Tomei uma dipirona, deitei e morri. Perdi até o horário do almoço. Pensei na hora: isso não é normal.
Então fui no pronto-socorro e o médico falou para eu colher o swab no dia seguinte. No último dia 30, colhi o material na hora do almoço.

Você está com os mesmos sintomas da primeira infecção?
Isso, os mesmo sintomas. Na minha primeira infecção só não tive perda de olfato e paladar, mas tive muita dor no corpo, coriza e espirro. Mas aí eu recorro a um antialérgico que já corta isso aí.

Você chegou a ser procurada pela Sesa?
A Sesa já foi informada, que foi até a enfermeira da CCIH que enviou os exames pra lá e eles estão estudando. Tem um médico da Santa Casa Cachoeiro que pegou toda a documentação para estudo da residência dele, ele também teve Covid-19 e ficou mal. Ele até falou comigo que era para eu tomar muito cuidado com qualquer tipo de sintoma que eu tivesse diferente, que era para eu correr para o hospital porque como essa doença apareceu pela segunda vez e ela é muito misteriosa, que era para eu ficar de vigilância.
Cheguei a ter falta de ar, mas meu namorado me auscultou e me disse que meu pulmão estava limpinho. Creio que era mais ansiedade porque vai dando um medo. Tem dias que você acorda tão ruim que você fala: ‘Meu Deus, hoje não tem jeito não, vou ter que partir para o hospital’.
Eu não fazia nada. Sou muito ativa e aquilo ia me irritando porque não aguento ficar deitada. Eu pedalo, corro, tenho personal trainer. Terça, quinta e sábado eu pedalo; segunda, quarta e sexta tenho personal na academia. Faço as coisas aqui dentro de casa e tem três filhos, uma correria que só, e eu ficar estagnada uma semana em cima da cama. Não é fácil não.

Com informações de Alessandro de Paula

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