O presidente do Sindicato Rural de Cachoeiro de Itapemirim, Wesley Mendes, alertou para a necessidade de implementar o Plano Estadual de Segurança Rural para combater roubos de gado e café.
Segundo ele, esses roubos estão ligados a grupos criminosos organizados nas comunidades do interior.
“Todo crime precisa de receptador e envolve mais de uma pessoa”, destaca.
Mendes dia que a investigação da Polícia Civil e a presença ostensiva da Polícia Militar e da Guarda Civil no interior certamente ajudariam a resolver o problema.
O presidente explica que produtores rurais estão constantemente expostos a esse risco, tanto com o abate e esquartejamento de gado dentro da propriedade ou pelo roubo organizado com caminhões que levam toda a boiada.
“Os dois casos estão ligados ao crime organizado. Já identificamos isso”, acrescenta.
Comitê e Plano Estadual de Segurança Rural
Wesley Mendes conta que o Sindicato Rural integra o Comitê Estadual de Segurança Rural (PESR), da Secretaria de Segurança, e participou ativamente na discussão do Plano Estadual de Segurança Rural.
“Os sindicatos rurais capixabas e a Federação de Agricultura do Estado colaboraram na construção desse plano desde 2018”, reforça.
O PESR estabelece medidas estratégicas para reforçar a presença policial no interior, tanto de forma ostensiva quanto investigativa.
“O plano foi cuidadosamente elaborado por especialistas, policiais e sociedade civil. Segui-lo é a melhor alternativa para reduzir roubos de gado e café e proteger o produtor rural”, diz.
Mendes informa que o problema se intensifica em períodos pós-colheita e que a dimensão das propriedades dificulta a vigilância, mesmo com câmeras de segurança.
“Estamos lidando com negócios a céu aberto, não dentro de quatro paredes”, explica.
Papel do município
Mendes também destaca a importância da participação municipal na segurança rural. “É necessário o comprometimento na criação da Patrulha Rural Municipal”, sugere.
Ele elogia o trabalho da guarda municipal no setor urbano, agradece o que é feito na zona rural, mas lamenta que a presença no interior seja insuficiente.
“Crime sem solução se repete. A Polícia Civil precisa investigar, e o Estado deve disponibilizar toda a logística de segurança também na zona rural”, conclui.
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