Ergam-se do sangue dos seus heróis
Vocês, foram aqueles que se recusaram a se render
Montanha…
Cobras Fumantes (Força Expedicionaria Brasileira)
Décimo Primeiro Batalho de Infantaria de Montanha
A história da moderna guerra de montanha, da qual fizemos um breve resumo em um artigo anterior, prova claramente que a mobilidade dos exércitos de nossos dias é perfeitamente capaz de superar ou transformar todo o obstáculo natural que um país alpino pode oferecer às suas manobras.
Porém, para tal feito é necessário que uma nação tenha uma tropa de elite a altura desses desafios verticais e que esteja sempre de pronto emprego para todas as missões. O Brasil focando nessas adversidades criou aquele que é hoje uma referencia nacional e internacional da guerra de montanha, uma das mais difíceis do mundo, o Décimo Primeiro Batalhão de Infantaria de Montanha.
Também conhecido como Regimento Tiradentes, a história dessa unidade remonta ao ano de 1888, quando foi criada, e a sua base era na cidade de Rio Pardo, na então Província do Rio Grande do Sul, como 28º Batalhão de Infantaria.
Na época da República Velha, serviu na Campanha de Canudos, no sertão da Bahia, tendo sido transferida, ao retornar, para São João Del Rei, em 1897.
Em 1909, passou a ser denominada como 51º Batalhão de Caçadores e, em 1920, recebendo o reforço do 54º Batalhão de Caçadores, se estruturou como 11º Regimento de Infantaria, e que hoje é um dos mais antigos batalhões do nosso Exército, com 133 anos de existência e que praticamente nasceu no fogo da batalha.
O Onze na Segunda Guerra Mundial
O 11 integrou a Força Expedicionária Brasileira na Europa e lutou em todas as batalhas entre os anos de 1944 e 1945, com uma valorosa participação nesse teatro de operações, onde ocorreu um dos capítulos mais importante em sua rica história, que foi a conquista de Montese, que seria uma comunidade situada em terreno montanhoso e fortemente defendida pelos alemães como última barreira a conter o avanço das tropas aliadas na direção do Vale do Pó.
No dia 14 de abril de 1945, o maciço de Montese, se tornou o palco da mais árdua e sangrenta batalha das armas brasileiras na Itália, no dizer do próprio Comandante da FEB, Marechal Mascarenhas de Morais.
Onde o Onze tomou a ofensiva como esforço bélico principal do ataque combatendo em campos de minas e sob o fogo cerrado das metralhadores alemãs, se consagrou para sempre, como uma eterna unidade de elite, ao conquistar heroicamente Montese.
A tenacidade, o ardor combativo e as qualidades morais dos brasileiros foi recompensado quando um pelotão do 11º foi o primeiro a entrar na cidade de Montese, sendo aclamados como bravos conquistadores, heróis e arautos da liberdade.
A homenagem Alemã
Até os alemães se curvaram à bravura do 11º regimento de montanha, ao homenagearem três soldados brasileiros que, em missão de patrulha, não se sabe a história correta, mas que ao se depararem com uma patrulha alemã, tendo recebido ordem para se renderem, atiraram-se ao chão e abriram fogo contra o inimigo, até acabar a munição. e avançaram contra a Companhia, perecendo face à superioridade numérica do inimigo. Como reconhecimento à bravura e à coragem daqueles soldados, os alemães os enterraram em covas rasas e, junto às sepulturas, colocaram uma cruz com a inscrição “Drei brasilianischen helden” (Três Heróis Brasileiros).
O nome dos três bravos soldados do 11 BI eram Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Baeta da Cruz e Geraldo Rodrigues de Souza, e hoje existe no pátio de formatura do Batalhão um monumento que os reverencia.
A música
A canção Smoking Snakes, do sétimo álbum da banda sueca de heavy metal Sabaton, Heroes, é uma homenagem a estes heróis, e tem versos cantados em português.
A LETRA DA MUSICA É EXTRAORDINARIA CONVIDO A TODOS VOCES ESCUTAREM E CURTIREM O CLIPE SO CLICAREM:
COBRAS FUMANTES SUAS MEMORIAS ESTAO VIVAS
COBRAS FUMANTES ETERNA É SUA VITORIA
Cursos
Os cursos oferecidos aos militares são os seguintes:
- Estágio Básico do Combatente de Montanha: Destina-se a combatentes que não possuem experiência nessa área e tem como objetivo ensinar as técnicas básicas de montanhismo. Duração: cinco dias.
- Estágio de Auxiliar de Guia de Cordada: etapa orientada para cabos e soldados das tropas de montanha, de modo a habilitá-los a auxiliar o Guia de Cordada (oficiais e sargentos de carreira).Duração: duas semanas.
- Curso Básico de Montanhismo: nesse curso, é formado o Guia de Cordada, que se especializa nas técnicas de montanhismo. Algumas das funções do Guia de Cordada são: realizar atividades de escalada livre, equipar vias, estruturar sistemas de resgate e guiar as tropas em terrenos de montanha.Duração: seis semanas.
- Curso Avançado de Montanhismo: curso que forma o Guia de Montanha, e estão habilitados a participar aqueles que fizeram o Curso Básico. Além de realizar escaladas e guiar as tropas, o Guia de Montanha também está apto a participar de missões de reconhecimento em ambientes montanhosos – incluindo busca e salvamento.Duração: 9 semanas.
Símbolos
Atualmente, o 11 se tornou a referência do montanhismo militar no Exército Brasileiro e também de outras forças armadas e auxiliares, e é a única unidade a desenvolver as técnicas e as táticas do combate em terreno montanhoso. Um regimento diferenciado cuja história é marcada pela maior de todas as tradições militares, a HONRA.
PARA A FRENTE E PARA O ALTO…
MONTANHA BRASIL!!!
Para saber mais:
Link:
Video do 11º:
