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Suicídio: um grito silenciado

Julia Sartorio
Júlia Sartório de Sá

No mês de setembro existe a campanha mundial contra o suicídio “Setembro Amarelo”, no qual nos motivamos a abordar esse assunto tão importante de ser discutido. Como aponta o relatório recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) que estima mais de 700 mil pessoas mortas por suicídio em 2019, sendo a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Quando falamos de suicídio é necessário reconhecer o intenso sofrimento mental que conduz uma pessoa a recorrer a essa decisão, um desespero existencial de tamanha magnitude que confunde e abala o próprio sentido de vida. O que levaria então uma pessoa a se matar?

Podemos pensar em duas perspectivas: a dimensão individual, na qual a pessoa experimenta inúmeras motivações e explicações privadas, apesar do ato se tornar público; e também coletiva por se tratar de um fenômeno social e consequentemente um problema de saúde pública. Dessa forma, é indispensável olhar para o contexto atual desencadeador de sobrecarga, estresse, cobranças e alterações culturais velozes que podem favorecer um sentimento de estar perdido dentro de si.

Tanto individuais quando coletivas, existem condições humanas que debilitam a existência e tornam a morte mais interessante do que a vida.

“Alguns não se sentem pertencentes aos grupos que gostariam de pertencer ou se sentem oprimidos pela pressão para se tornarem bem sucedidos […]. Outras pessoas não encontram significado […] ou não vislumbram sentido para suas vidas” KARINA OKAJIMA FUKUMITSU.

E outras pessoas criam exigências fantasiosas na tentativa de se sentir pertencente a um grupo, iniciando um processo de cobranças, culpa e autoacusações por não conquistar os sucessos almejados.

Independente das motivações, sejam individuais, coletivas, lógicas ou incompreensíveis, vemos a existência de um sofrimento que precisa ser ouvido e acolhido. Já parou para pensar o tamanho da dor de alguém que não encontra possibilidades na sua vida? E a importância de dar a atenção para essa pessoa que sofre? Sabemos que escutar e acolher poderá ajudar de forma extremamente positiva, mas precisamos reconhecer que às vezes essa pessoa precisa de um amparo profissional.

A psicologia oferece um olhar profissional e capacitado para esse grito de sofrimento com amparo de técnicas e ferramentas que permitem grandes transformações e ressignificações à vida. Graças à propagação do conhecimento, cada vez mais a psicologia vem ganhando espaço e validação social conforme as pessoas se desprendem de antigos preconceitos e conhecem as diferentes formas de se fazer terapia – informação importante para aqueles que já tentaram iniciar a psicoterapia, mas não se identificaram com o trabalho de algum psicólogo, pois existem outras abordagens que possam se identificar. Além disso, pode haver a necessidade de um acompanhamento psiquiátrico que dê um suporte medicamentoso nesse processo.

Todo amparo é importante quando falamos de um sofrimento tão intenso a ponto de ser insuportável, então, que todos possamos estar conscientes e fazer nossa parte como profissionais, amigos e familiares, a fim de contribuir para que esses “gritos” sejam ouvidos, e não silenciados pela própria pessoa, seja oferecendo ajuda ou procurando ajuda de alguém.

 

Júlia Sartório é psicóloga clínica, especializanda em Gestalt-Terapia. Instrutora de Tai Chi Chuan e Meditação, assim como poeta nas horas vagas
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