Wany Thomaz de Souza, de 23 anos, moradora da localidade do Sossego, zona rural de Ponte do Itabapoana, em Mimoso do Sul, morreu na última quarta-feira (5) de febre maculosa. Esta é a terceira morte pela doença na região sul do Estado em oito dias As outras duas foram em Itapemirim.
A informação foi divulgada pela Prefeitura de Mimoso do Sul, através de sua Secretaria Municipal de Saúde e Vigilância em Saúde, em seu perfil no Instagram. A mulher era casada e deixa dois filhos.
Segundo Thiago Costa Santiliano, Agente de Endemias e Referência da Vigilancia Epidemiológica Mimoso do Sul, a contaminação ainda está sob investigação.
Ele conta que tão logo que o setor ficou sabendo do caso conversou com a paciente no hospital. Ela relatou ter sido picada no pé por um carrapato.
“Daí surgiu a suspeita, que foi confirmada após os exames laboratoriais realizados pelo Lacen/ES. A Vigilância do município segue em investigação e monitora os familiares por meio da Estratégia da Saúde da Família do distrito”, esclarece.
Thiago Santiliano diz que a vigilância epidemiológica está em processo de investigação, busca ativa de possíveis novos casos e orientação a todos que frequentam a área de ocorrência da transmissão.
SAIBA MAIS SOBRE AS OUTRAS MORTES
Carolina Batista Silva, a Carol, moradora de Rio Muqui Pedra, interior de Itapemirim, que é a segunda vítima da febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato, morreu na manhã do último domingo (2).
A mulher estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico Litoral Sul. Ela foi hospitalizada no dia 22 de setembro com dor de estômago, diarreia, vômito e dor de cabeça.
O marido dela, Bruno, que passou mal e foi parar no UPA no dia 19 de setembro, também testou positivo e continua internado no mesmo hospital.
Segundo levantamento feito até o momento, alguns dias antes de surgirem os primeiros sintomas, Bruno, Antônio e mais três pessoas foram pescar próximo a um rio em uma localidade vizinha, onde há presenças de capivaras e carrapatos.
Também está sendo investigada a possibilidade da doença estar relacionada à carne de uma capivara, que foi consumida por alguns pacientes.
De acordo com a Prefeitura de Itapemirim, foram notificados seis casos suspeitos em Itapemirim, sendo que três foram confirmados e os demais tiveram resultado negativo.
Em nota, a prefeitura ressaltou que “se solidariza com familiares e amigos das vítimas e estima melhoras ao paciente que segue internado”.