Nos últimos dias tem circulado nas redes sociais a informação de que os termômetros infravermelhos prejudicam o sistema nervoso e podem causar danos à glândula pineal, localizada no centro do cérebro. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) esclarece que é falsa a informação divulgada.
Diferentemente das notícias falsas relacionadas ao assunto, esses equipamentos, na verdade, não expõem as pessoas à radiação infravermelha durante a aferição da temperatura. Os aparelhos emitem luz ultravioleta, que não é radioativa nem causa danos cerebrais.
Com a decretação da pandemia de Covid-19, os termômetros digitais se tornaram um dos dispositivos mais necessários para o combate à disseminação do novo coronavírus e passaram a ser utilizados por instituições sanitárias e até pelo comércio, em todo o mundo. O uso desses aparelhos foi aprovado pela agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (FDA), pela Anvisa, no Brasil, e órgãos similares, em outros países.
O site do Inmetro inclusive traz orientações para o correto uso dos termômetros infravermelhos. Por essa razão, com o objetivo de resguardar a biossegurança de membros, servidores, colaboradores e estagiários, o MPES decidiu adotar também o uso desses termômetros.
Desde que fake news relacionadas ao assunto ganharam força nas redes sociais, institutos de saúde de diversos países já se mobilizaram para desmentir os fatos e informam que não existe até o momento nenhum estudo ou embasamento científico que indique prejuízos do termômetro infravermelho à saúde humana. Autoridades sanitárias de diversos países explicam ainda que a luz emitida pelos equipamentos não tem a menor possibilidade de alcançar a glândula pineal.