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TiĆ£o Simpatia se apresenta em Cachoeiro e conta como Lei Maria da Penha virou cordel

Camila Soares

As comemoraƧƵes do Agosto LilĆ”s, em Cachoeiro de Itapemirim estĆ£o a todo vapor. Hoje quem toma conta do palco Ć© o cordelista TiĆ£o Simpatia, dentro da programaĆ§Ć£o da Ronda de Apoio Ć  FamĆ­liaĀ  (Rafa) da Guarda Civil Municipal de Cachoeiro em comemoraĆ§Ć£o aos 13 anos da Lei Maria da Penha.

Com trabalho reconhecido no campo do combate Ć  violĆŖncia contra a mulher, o artista cearense e fĆ£ do Rei Roberto Carlos, vai fazer uma palestra para alunos da faculdade Multivix e convidados. Ɖ por meio do cordel, uma literatura tipicamente nordestina, que TiĆ£o Simpatia vai dar o recado. AlĆ©m da palestra, TiĆ£o tambĆ©m estĆ” com show marcado no municĆ­pio.

Na entrevista ao portal Dia a Dia ES, TiĆ£o falou sobre a carreira, o trabalho desenvolvido em cima do tema da violĆŖncia contra a mulher e expectativas para as apresentaƧƵes em solo capixaba.

O que te levou a abordar o tema violĆŖncia contra a mulher em seus trabalhos?
TiĆ£o Simpatia: O que me levou a abraƧar esse tema, na verdade, foi um pedido da prĆ³pria Maria da Penha para transformar os artigos da lei – a Lei Maria da Penha – em cordel. PorĆ©m, antes, eu jĆ” vinha trabalhando com isso. A gente comeƧou, na verdade, com uma mĆŗsica chamada Maria da Penha. E como eu tambĆ©m escrevo cordĆ©is – aliĆ”s a minha referĆŖncia, desde o inĆ­cio, sempre foi o cordel – ela me pediu [para fazer um cordel]. AĆ­, eu peguei os 46 artigos jurĆ­dicos e transformei em 33 estrofes de cordel e o resultado foi muito bom. A gente trabalha muito escolas. Isso foi hĆ” 10 anos, e estamos atĆ© hoje trabalhando a lei atravĆ©s do cordel. Tem sido uma experiĆŖncia muito exitosa. Mas o que me levou mesmo abraƧar essa causa, foi o fato de incomodar com essa prĆ”tica [de violĆŖncia contra a mulher], de nĆ£o concordar, e eu pensei que poderia, atravĆ©s da nossa arte, do dom sagrado que Deus nos dĆ”, dar tambĆ©m uma colaboraĆ§Ć£o a esta causa.

Como tem sido a receptividade do pĆŗblico fora do nordeste com este tema sendo apresentado em cordel, uma literatura tipicamente nordestina?
A recepĆ§Ć£o tem sido maravilhosa fora do Nordeste tambĆ©m. Porque de certa forma o cordel estĆ” na identidade da populaĆ§Ć£o brasileira enquanto naĆ§Ć£o, o cordel veio com os colonizadores e no Nordeste ganhou terra fĆ©rtil. Mas assim, tem nordestino em todo canto do Brasil, e eles ficam levando na bagagem inconsciente e na medida que vocĆŖ faz apresentaĆ§Ć£o da lei em cordel e isso finda os levando a uma reminiscĆŖncia, lembrando da terra natal de alguma forma, nĆ£o sei. Mas o fato Ć© que realmente tem sido muito boa experiĆŖncia. EntĆ£o o cordel, realmente, tem uma forƧa muito grande e a Lei Maria da Penha Ć© um tema muito forte. A experiĆŖncia da violĆŖncia, infelizmente, Ć© vivenciada por grande parte das mulheres brasileiras, se nĆ£o fisicamente mas nas suas outras versƵes – psicolĆ³gica, material, sexual – de forma que isso faz com que o tema esteja muito vivo e muito forte. Talvez, por isso, as pessoas estejam se identificando e solicitando essa palestra que Ć© feita em cordel.

O uso do cordel, por ser uma literatura mais dinĆ¢mica, facilita o acesso e o entendimento sobre o assunto nas escolas?
Facilita bastante, porque ali vocĆŖ vai levar o texto de uma forma rimada, metrificada, ritmada pausada. Evidentemente que facilita tambĆ©m entendimento sobretudo nos alunos. Tenho trabalhado muito em escolas nos Ćŗltimos seis anos a partir de uma experiĆŖncia exitosa que a gente plantou em Teresina da Lei Maria da Penha em cordel nas escolas. Na verdade, o forte Ć© o cordel, mas nessas palestras tanto nas escolas como as apresentaƧƵes abertas ao pĆŗblico, eu intercalo com esses trĆŖs elementos lĆŗdicos: o cordel, o repente – que aĆ­ Ć© uma interaĆ§Ć£o na hora -, e a mĆŗsica. Eu acho que esse Ć© o diferencial desta palestra, vocĆŖ consegue pegar, captar a atenĆ§Ć£o deles independente da idade, e nisso vocĆŖ vai dar o recado de forma que no final da palestra elas – as crianƧas – sabem, fica bem claro que eu fui falar de uma lei chamada Lei Maria da Penha que protege a mulher da violĆŖncia domĆ©stica. Falo um pouco da histĆ³ria de Maria da Penha, fica bem claro os cinco tipos de violĆŖncia contra mulher previsto na lei Maria da Penha – violĆŖncia psicolĆ³gica, material, sexual, fĆ­sica e moral. Fica bem claro tambĆ©m o nĆŗmero 180 que eu divulgo atravĆ©s de um single que eu fiz e isso ajuda a fixar na memĆ³ria deles de forma que a gente tem um resultado positivo.

A palestra aqui Ć© pra um pĆŗblico jovem, de universitĆ”rios, muda a forma do diĆ”logo?
Muda um pouco o diĆ”logo. Quando eu estou com os com as crianƧas e os prĆ©-adolescentes, eu uso mais a parte lĆŗdica mesmo, e as informaƧƵes que quero passar eu faƧo atravĆ©s da mĆŗsica e do cordel.quando Ć© um pĆŗblico adolescente, estudantes de Universidade a gente abre para debates, para perguntas, faz uma coisa mas ampla em o perĆ­odo maior.

AlĆ©m da palestra vocĆŖ tambĆ©m vai fazer um show.
A gente vai fazer uma palestra-show, com voz e violĆ£o e tudo, mas Ć© um show que tem que sido muito bem aceito, Ć© com a temĆ”tica [da violĆŖncia contra a mulher], uma coisa mais ampla que a gente canta mais mĆŗsicas relacionadas, declama alĆ©m do cordel da Lei declama outros cordĆ©is relacionados como AdĆ£o e Eva expulsos do paraĆ­so, onde eu trago um recorte de gĆŖnero para historinha.

Qual Ć© a sua expectativa na passagem por Cachoeiro?
O que eu posso esperar realmente Ć© que todo artista espera: que o pĆŗblico compareƧa. O momento Ć© de celebraĆ§Ć£o dos 13 anos da Lei Maria da Penha, mas tambĆ©m de reflexĆ£o, porque a gente aproveita esses momentos para chamar a responsabilidade da sociedade como um todo para essa questĆ£o, porque a violĆŖncia e os Ć­ndices estĆ£o muito altos. Ɖ uma reflexĆ£o tambĆ©m para a gente ver a criaĆ§Ć£o dos nossos prĆ³prios filhos e filhas, porque nĆ³s temos a terceira legislaĆ§Ć£o mais bem elaborada do mundo, segundo a ONU, e ainda temos altos Ć­ndices de violĆŖncia? EntĆ£o, eu vou falar um pouquinho tambĆ©m da histĆ³ria de vida de Maria da Penha, falar um pouquinho tambĆ©m no meu trabalho, mas Ć© uma palestra-show com essas nossas experiĆŖncias e andanƧas, Ć© uma coisa realmente mais elĆ”stica [a palestra Show Mulher de Lei] que a gente tem apresentado pelo Brasil e em mais de 30 cidades brasileiras. Tem sido uma experiĆŖncia muito boa, espero que a gente possa ter o mesmo ĆŖxito em Cachoeiro de Itapemirim.

ServiƧo: Agosto LilƔs

Sexta (23)

Palestra com TiĆ£o Simpatia
Local: Faculdade Multivix, bairro Monte Belo
HorƔrio: 19h Ơs 20h
PĆŗblico: alunos da instituiĆ§Ć£o e convidados

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āœ… Entrar agora

SƔbado (24)

Roda de Mulheres ā€œMulher de Fases, Mulher de Luta, Mulher de Leiā€
Local:Ā auditĆ³rio da escola municipal Zilma Coelho Pinto, bairro FerroviĆ”rios
HorƔrio: 8h Ơs 11h30

Palestrantes e temas:

ā€“ Maria Elvira Tavares Costa
Formada: Administradora, com pĆ³s em Psicodrama e Psicopedagogia. (Contadora de HistĆ³rias)
Tema: Mulher: A ForƧa EstĆ” Em VocĆŖ

ā€“ Angela Bravo Espinoza HuguinĆ­m LĆ©gora
Formada em Assistente Social, PsicĆ³loga, Bacharel em Teologia
Tema: FormaĆ§Ć£o intrapsĆ­quica (fases de FormaĆ§Ć£o da personalidade)

ā€“ Elisangela de Oliveira
FormaĆ§Ć£o: Teologia, PĆ³s graduada em defesa pessoal
Tema: O papel da mulher inserida na seguranƧa pĆŗblica e seus desafios no dia a dia

ā€“ Juliana Veronez Passabom
FormaĆ§Ć£o: Advogada e coordenadora da comissĆ£o da OAB de direitos humanos de Cachoeiro de Itapemirim
Tema: Aspectos JurĆ­dicos ā€“ Mulher

ā€“ MĆ”rcia Cristina Fonseca Bezerra
FormaĆ§Ć£o: Administradora e SecretĆ”ria Municipal de Desenvolvimento Social
Tema: As polĆ­ticas pĆŗblicas oferecidas no Ć¢mbito municipal para a mulher

Encerramento:Ā Momento Cultural ā€“ Dupla Liloh

City tour do projeto ā€œDoce terra onde eu nasciā€Ā 
Passeio com visitantes em pontos turĆ­sticos de Cachoeiro
SaĆ­da:Ā Museu FerroviĆ”rio Domingos Lage (antiga estaĆ§Ć£o), na Linha Vermelha
HorĆ”rio:Ā 13h Ć s 15h

TiĆ£o Simpatia Show
Local: Teatro Municipal Rubem Braga
HorƔrio: 19h Ơs 21h
Entrada franca

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