Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra que 17,5 toneladas de laranjas foram parar no lixo, em Cachoeiro. A carga foi apreendida no último domingo (8) por falta de um documento chamado Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).
As laranjas foram descartadas na última terça-feira (10), no aterro sanitário do município, no distrito de São Joaquim. A carga seguia de São Paulo com destino a Cariacica e foi apreendida por uma equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) na divisa do Espírito Santo com o Rio de Janeiro.
Controle de doenças
Por nota, o Idaf informou que o PTV busca evitar a entrada no Estado de doenças de importância econômica, como o Moko (que ataca a lavoura de banana), o cancro cítrico e o greening (que ataca lavouras de laranja, tangerina, lima e limão).
Segundo a Lei Estadual 10.576, de 19 de agosto de 2016, não havendo possibilidade de assegurar a sanidade fitossanitária da carga, ela deve ser destruída.
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“Quando existe a possibilidade de aproveitamento da carga apreendida, o Idaf busca instituições para doação, ou o aproveitamento do material para produção de farelo, utilizado na produção de ração animal. Porém sem a documentação que certifique a qualidade fitossanitária, torna-se prioridade a segurança das lavouras capixabas, garantida apenas por meio da destruição total dos frutos”, informou.
O que é greening
De acordo com o Idaf, greening é a praga da cultura do citros de maior importância no mundo por ser de difícil controle e rápida disseminação, trazendo grandes prejuízos à lavoura. É causada por uma bactéria que obstrui os vasos condutores de seiva, dificultando a nutrição da planta.
“Não há ocorrência de greening no Espírito Santo, e isso é um reflexo direto da atuação da fiscalização do Idaf, pois e a manutenção desse status é extremamente importante para preservar a citricultura capixaba”, informou o instituto.