Há três anos, nascia um sonho coletivo: reunir vozes que por muito tempo foram silenciadas. Em 11 de julho de 2022, surgia o Coletivo Literário Tereza de Benguela.
Ele é um espaço de acolhimento, potência e resistência para mulheres negras e indígenas que escrevem, criam e lutam no Espírito Santo — e agora em diversas partes do Brasil.
O coletivo, idealizado pela escritora Luciana Santos e coordenado com o apoio de Andréa Diamante Negro e Monique Ruas, não é apenas um grupo literário.
É um grito ancestral, uma força viva que transforma dor em palavra, invisibilidade em presença, silêncio em eco.
Hoje, são mais de 30 mulheres — poetas, contistas, artesãs, autoras de diferentes lugares — que se reconhecem nesse quilombo literário.
Unidas pela escrita e pela luta, elas constroem um novo cenário na literatura brasileira: mais justo, mais plural, mais verdadeiro.
Cada texto produzido pelo coletivo é um ato político, um gesto de cura, um movimento de pertencimento.
A escrita dessas mulheres é um território de memória e denúncia, mas também de afeto, reconstrução e esperança.
São histórias que enfrentam o racismo estrutural, a desigualdade de gênero, a exclusão cultural — e que anunciam novos futuros possíveis.
“A escrita da mulher negra é potente e cheia de significados ancestrais. Ela carrega luta e resistência. Sua literatura é de transformação social”, afirma Luciana Santos.
A atuação do Coletivo vai além dos livros. Ele promove ações sociais, oficinas, rodas de conversa, leitura e oralidade, fortalecendo comunidades e ampliando o acesso à cultura.
Está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, com pautas feministas, antirracistas e socioambientais.
Neste mês de julho, o grupo celebra sua trajetória com o lançamento de um e-book comemorativo, reunindo histórias, perfis e conquistas.
A celebração ganha ainda mais força por acontecer no mês do Dia Nacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25/07) e do Dia de Tereza de Benguela, mulher quilombola que enfrentou o sistema escravocrata no século XVIII e inspira o nome e a missão do coletivo.
O Coletivo Literário Tereza de Benguela não apenas escreve histórias — ele reconstrói o mundo a partir das palavras.
E convida a ler, a ouvir, a sentir, a se juntar a essa travessia. Porque quando uma mulher negra escreve, não é só ela que se liberta: é todo um povo que caminha junto.
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