Ontem eu senti uma enorme vontade de escrever uma crônica. Não a fiz, obviamente, pois estava no meio de uma caminhada pós-expediente.
Eu não sabia sobre o que escrever, não foi uma inspiração imediata que surgiu, não foi uma cena específica que eu vi, foi apenas um puro e inocente desejo repentino de escrever uma crônica. Enquanto eu caminhava pelo calçadão da Beira Rio, com destino à rua 25 de Março, o suor escorria pelo meu rosto. Então, um vento inesperado soprou, e olhei para o céu. Eu sei, poético demais ao ponto de parecer ter sido inventado.
O céu ainda estava bem claro por ser verão, apesar de ser mais de 18h. Ele possuía nuvens branquinhas que disputavam lugar com um azul e rosa bebê, assim como os raios de sol alaranjados. Tirei meu celular do bolso da legging e capturei essa imagem, pois eu precisava olhar aquele céu novamente um dia. Nem que fosse, pelo menos, mais uma vez.
Frases pipocaram em minha mente para que eu pudesse descrever aquele momento simples e bonito, embora eu soubesse que não iria colocar no papel. Não seria a primeira vez que isso aconteceria e, sinceramente, muito menos a última. O fato de eu decidir pegar um lápis e caderno hoje para escrever me surpreendeu, pois não fazia isso há muito tempo.
Pensei na semana cansativa, dentro e fora do trabalho, e, ao olhar para aquele céu tão lindo, refleti sobre a brevidade da vida e a paz que precisamos buscar em nosso interior. Pensar sobre nós e no que de fato devemos focar. Minha mente estava agitada e exausta, meu corpo queria que eu me isolasse no minuto em que pisei em casa ao invés de sair para caminhar.
Contudo, mesmo com os barulhos dos pássaros, os carros que transitavam pela avenida tão movimentada de Cachoeiro e as águas do rio Itapemirim que se agitavam, minha mente, que até o momento estava enérgica, silenciou. Olhei a fotografia que fiz e guardei o celular no bolso novamente. Continuei minha caminhada, duvidando se, de fato, escreveria quando chegasse em casa.
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Essa crônica venceu em 5° lugar o Concurso Cachoeirense de Crônicas, promovido pelo CONPEC – Conselho de Pastores de Cachoeiro. Foi entregue o prêmio dia 26 de Março em evento na Praça Jerônimo Monteiro, em comemoração ao Dia da Emancipação Política de Cachoeiro e ao Dia do Evangélico.
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O colorido das tardes do Espírito Santo traz uma paz e uma gratidão inexplicável. Belíssima crônica.
Meu comentário é: Nunca deixe de caminhar, mesmo com o rosto pingando suor,nunca deixe de olhar para o céu e nem de contemplar as águas do rio itapemirim, pois, se o cansaço, o desânimo ou qualquer outra cousa te fizer parar, seria o caos na cultura poética que certamente seria abortada de lindas poesias.
Parar nunca, desistir jamais, avançar sempre!
Vislumbrar e contemplar um por do sol muitos os fazem.
Mas ter a ousadia de publicar tamanha beleza poucos fazem. Meus parabéns
Maravilhosa crônica. Sentimentos de visão que só são enxergados pela alma simples e poética de quem demonstra sensibilidade.
Estou agradecida ao Senhor, pela forma como tem superado os desafios que vieram em sua jornada, os obstáculos para tentar te fazer parar não foram maiores que sua vontade de vencer. Que Deus te abençoe sempre. Parabéns, parabéns! Acredito, que o prêmio foi uma abertura para outros que virão. Amo você! Louvo ao Senhor por ter uma sobrinha tão prendada.