Era terça-feira à noite, Joana chegou do trabalho e sua pequena filha, Anita, de dois anos, a surpreendeu com um sorriso de canto a canto e um abraço cheio de amor. Ela lhe pediu colinho e assim recebeu, com direito a muitos beijos e brincadeiras sobre a cama da mamãe e do papai.
Como estava se aproximando a hora de dormir, Anita foi levada para o seu quarto, mas ainda resistia ao sono e então Joana lhe contou uma história, que Anita escolheu: “Peixinho Pepe”. De repente, elas escutam um alto som: “Chuuáá…” “Chuuáá…” “Chuuáá…” era uma chuva. Correram até a sacada da varanda para assistir e ouvir a melodia da chuva. Quando Joana sentiu o cheiro de terra molhada e o som da chuva, imediatamente lhe apareceram memórias proustianas.
Aquela mãe observava cada detalhe daquele magnifico fenômeno da natureza, em seu quintal. As gotinhas de chuva caíam sobre as folhas do mamoeiro, da aceroleira, da bananeira e da goiabeira.
Joana falava, toda prosa, para a sua filha que a chuvarada lavou todas as folhas da mangueira e deixou o telhado da tia Luzia brilhando ao reflexo das luzes, das casas dos vizinhos.
Depois de toda essa história contada, numa experiência real, agora sim, Anita confiou o seu corpinho ao sono e em volta do cenário ao som da chuva e ao petricor do ambiente, ela dormiu logo que se deitou na cama.
Respostas de 5
Adorei vc e muito competente no que faz
Adorei a sua crônica! Sua escrita é envolvente e me fez refletir sobre a importância de termos tempo de qualidade com nossos filhos. Parabéns pelo talento e pela sensibilidade em transmitir suas ideias de forma tão inspiradora!
Muito bom. Texto contagiante.
Roberta é uma menina muito especial, não é novidade o seu talento. Parabéns!
Parabéns Roberta! Muito bom, ao ler podemos ser levadas (os) a um lugar gostoso e bem fresquinho.