Cerca de 15% a 25% das pessoas terão urticária pelo menos uma vez na vida. Para a maioria, o episódio é passageiro.
Mas uma parcela menor convive com a doença por meses ou anos, evoluindo para a urticária crônica espontânea (UCE).
A doença afeta cerca de 1 em cada 250 brasileiros e impacta de forma significativa a qualidade de vida.
A UCE provoca coceira intensa, inchaço e lesões recorrentes na pele, mas seus efeitos vão muito além do físico.
Distúrbios do sono, ansiedade, queda de produtividade no trabalho e prejuízos à vida social fazem parte da rotina de quem convive com a doença.
Estima-se que até 1% da população mundial sofra de urticária crônica por períodos que podem chegar a cinco anos.
Apesar de conhecida desde a Antiguidade, com registros atribuídos a Hipócrates, a urticária crônica ainda é cercada de desinformação.
Ao contrário do que muitos acreditam, a doença raramente é uma alergia ou consequência de fatores emocionais.
Pesquisas indicam que, frequentemente, a UCE tem origem autoimune, o que exige diagnóstico correto e tratamento específico.
Segundo Priscilla de Aquino Martins, diretora de Assuntos Médicos do Cenders, on consultório ainda recebe pacientes desacreditados, achando que a urticária é ‘nervosa’ ou algo que precisam apenas suportar.
“Mas a doença não afeta só a pele, interfere na rotina, no sono e na autoestima”, explica .
No Espírito Santo, a UCE está entre as queixas mais comuns nos consultórios de dermatologia.
Mesmo assim, o desconhecimento sobre a condição pode atrasar o diagnóstico e dificultar o controle dos sintomas.
Especialmente nos casos que não respondem a tratamentos convencionais, como os anti-histamínicos de segunda geração.
Diante desse cenário, a pesquisa clínica se mostra uma ferramenta essencial para pacientes e para a ciência.
Os estudos seguem protocolos rigorosos e avaliam terapias inovadoras que buscam reduzir crises, aliviar a coceira intensa e, em alguns casos, alcançar a remissão da doença.
“Acreditamos que informação clara é tão importante quanto a medicação. Quando o paciente entende o que está acontecendo com o próprio corpo, ele recupera autonomia e qualidade de vida”, destaca Priscilla.
Atualmente, o Cenders está selecionando voluntários para estudos clínicos sobre urticária crônica espontânea.
Podem participar adultos a partir de 18 anos, com diagnóstico confirmado há pelo menos seis meses e sintomas persistentes mesmo após quatro semanas de uso regular de anti-histamínicos.
Os interessados passam por triagem detalhada para garantir segurança, elegibilidade e acompanhamento médico adequado. A participação é gratuita.Mais informações estão disponíveis nesse link.
“Participar de um estudo clínico não é apenas buscar alívio pessoal. É contribuir para o avanço da medicina e para que novas opções de tratamento cheguem a milhares de pessoas no futuro”, conclui a diretora médica.
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