Em uma só noite, nesta terça-feira (8), os vereadores de Itapemirim discutiram, votaram e aprovaram o reajuste dos valores das diárias. Em alguns casos, o custo quase dobrou, como foi a diária paga ao presidente para viagens fora do estado, que era R$ 900 e passou para R$ 1,6 mil, ou seja, um aumento de 77%.
O projeto de lei é de autoria do presidente da Casa, José de Oliveira Lima (PDT), do vice Paulo Sérgio de Toledo Costa (PSDB) e de João Bechara Netto (PSB), que é o secretário da Casa.
A proposta teve dois votos contrários, dos vereadores Júlio César Magalhães e Lucimar Alves, e sete favoráveis.
Os valores maiores são para o presidente da Câmara. Se ele estiver em agenda oficial fora do Estado, como por exemplo, em Campos dos Goytacazes (RJ), e tiver que pernoitar, vai receber R$ 1,6 mil, mesmo se as despesas com estadia e alimentação ficarem abaixo desse valor.
Na mesma situação, os demais vereadores recebem R$ 1,4 mil, enquanto os servidores da Câmara tem direito a R$ 1,2 mil. O motorista pode receber R$ 600. Os valores anteriores eram R$ 800 (vereadores e servidores) e R$ 400 (motorista).
No caso da viagem do presidente para fora do Estado, sem a pernoite, a diária fica em R$ 800. Era R$ 450. Os demais vereadores recebiam R$ 400 e vão passar a receber 700.
Agora, para uma viagem oficial simples, sem pernoite, para dentro do estado, as diárias passaram para R$ 400 (presidente), R$ 350 (demais vereadores), R$ 300 (servidores) e R$ 150 (motorista). Eram R$ 250 para o presidente, R$ 200 (demais vereadores e servidores) e R$ 100 (motorista).
Com a mudança, o vereador que for a Vitória (sem pernoitar) vai receber R$ 350. Se em um mês, ele for à capital do estado 10 vezes, pode solicitar R$ 3,5 mil, além de seu salário, que é R$ 7,5 mil.
O presidente da Casa, José Lima, e um dos autores do projeto, explicou que o aumento aprovado na terça-feira teve o objetivo de atualizar os valores, que não eram reajustados desde 2016.
“Entendemos que dentro da nossa realidade talvez não seja algo bem visto pela população, mas precisava ser feito. Ano passado, fomos impedidos de fazer qualquer reajuste devido à lei 173 e acabou vindo para este ano”, disse o vereador.
Tíquete alimentação
Na mesma noite, a Câmara aprovou também o aumento do tíquete alimentação, que passa a valer um salário mínimo, que atualmente está em R$ 1.212. Antes, o tíquete era R$ 1.000.