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Tribunal de Justiça faz campanha e incentiva adoção de crianças mais velhas

redacao
Redação Dia a Dia

Com o objetivo de incentivar a adoção de crianças mais velhas, está no ar uma campanha do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, por meio da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA).

É a “Esperando por Você”, desenvolvida com o intuito de dar visibilidade à crianças mais velhas, com alguma deficiência e grupos de irmãos que vivem em instituições de acolhimento.

Desde que a campanha foi criada, 32 participantes foram inseridos em novas famílias, 22 foram adotados, 10 estão em processo de adoção, um em aproximação e 13 em busca de novos lares.

Uma das pessoas que adotou crianças mais velhas é Flávia Cysne, ex-prefeita de Mimoso do Sul, que estava no cumprimento do mandato quando o bebê chegou.

Ela conta que já era mãe de três filhos, todos adultos, de 34, 33 e 29 anos, quando a adoção aconteceu, com crianças de seis anos para baixo.

“Somos muito felizes com a decisão que tomamos. As crianças (nem tão crianças assim diz sorrindo) enchem a nossa casa de alegria”.

Os filhos adotivos têm sete, 15, 16 e 17 anos. Segundo ela, durante o processo de adoção do filho caçula o juiz sugeriu que fossem adotados os seus outros três irmãos(um já havia sido adotado por outra família).

Ela e o marido acataram a sugestão. Flávia conta que foi criticada, mas também recebeu elogios pela decisão que ela e o marido tomaram.

“Recebi mais críticas positivas. Diziam que era um ato de amor e brincavam que ia para o céu direto. Mas também fui chamada de doida, ouvi que estes filhos nunca seriam meus de verdade, nunca me tratariam como mãe, que nunca teria o carinho que recebi dos meus filhos biológicos, mas eu não acreditei”.

Flávia Cysne diz que até entende, já que é muito difícil as pessoas compreenderam como uma pessoa que já tinha três filhos adultos podia adotar quatro filhos ao mesmo tempo.

“É um ato de fé também. A gente crê que vai conseguir encaminhar estas crianças para uma vida melhor. A tendência era ficarem em orfanatos até os 18 anos, como acontece com 95% das crianças acima de cinco anos”, frisa.

 

O maior desafio

A mãe diz que tem amor incondicional pelos filhos, e que o que sente por eles é igual ao que eu sente pelos filhos biológicos.

“E eu vejo isto também na dedicação do meu marido. Ele fez muito esforço pela adoção. Na época eu era prefeita e tinha agenda intensa, alertei sobre isto e ele aceitou o desafio junto comigo”.

Flávia diz que o marido Heleno foi sempre muito presente e se tornou um paizão. “Ele e as crianças compreendem a minha ausência em função do trabalho”, destaca.

O maior desafio, segundo Flávia, foi o começo, já que o primeiro ano foi muito difícil, pois ainda estavam se conhecendo.

“São novas pessoas dentro da sua casa que estão querendo ser amadas, que se sentem deslocadas, com diferentes formas de criação.  É quando todos precisam se conhecer e ver as regras de convivência”, pontua.

A mãe conta que neste processo, quando todos estavam no limite, fazendo o melhor que sabiam, mas sem ver o resultado esperado, foram necessárias muita fé e sabedoria.

“Conversamos muito para baixar as expectativas porque não tinha como eles nascerem de novo dentro da minha barriga. Vimos que eles estavam se esforçando, mas ainda não conseguiam fazer melhor e compreendemos isto”.

Flávia Cysne ressalta que é preciso entender que os filhos quando chegaram já eram seres prontos, com suas experiências, todas muito difíceis, e que cabia a ela e ao marido aprenderem a lidar com tudo isso.

Um dos filhos chegou com a fama de ser muito levado e a mãe diz que chora todas as vezes que vê as fotos dele aos seis anos, quando o adotaram.

“Todo mundo falava que ele era levado demais e eu ficava com muito medo. Hoje eu vejo os filmes e fotos daquela época e sinto que ele precisava de mais abraços, de carinho. E tudo era ainda tão desconhecido para nós”.

Hoje a mãe diz que tenta compensar, abraça, fala que ama. “As meninas era mais próxima, o Flavinho (que adotou bebê) também. Mas podia ter sido mais sábia com ele, que era mais arredio. De qualquer forma foram desafios e nunca me arrependi da decisão que tomamos. Amo os meus filhos de paixão”, reforça.

Passado o período de adaptação, a criação foi normal. “Logo entraram na adolescência e continuamos com um olhar cuidadoso, com acompanhamento também fora de casa”.

Flávia diz que a pandemia e a mudança para o sítio da família no interior de Mimoso permitiu que a família convivesse mais e aprendesse a se respeitar e se entender.

Faz questão de dizer que ainda têm problemas, como qualquer família. “Mas estamos em 90% daquilo que sonhamos para eles em relação aos estudos e perspectivas de futuro”, enfatiza.

 

Filho biológico x Filho adotivo

Filhos biológicos são mais amados do que os adotivos? Flávia diz que a diferença básica em relação aos outros filhos é que quando eles nasceram já eram amados.

“Já nasceram nos costumes e cresceram reconhecendo as tradições de família. Os novos chegaram sem serem amados ainda. E passaram a ser amados com o tempo. E hoje o amor é igual, intenso e incondicional”, assegura.

 

 

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