A Câmara de Cachoeiro apresentou à comunidade, nesta quinta-feira (13), o projeto de reforma arquitetônica para acessibilidade, incêndio e pânico do Edifício Juarez Tavares Matta, sede do Legislativo.
O presidente da Câmara de Cachoeiro, Brás Zagotto destacou que esta é uma vitória de toda a sociedade, mas especialmente das entidades e movimentos sociais, que há décadas reivindicam a realização dessas obras.
“Finalmente os cidadãos com mobilidade reduzida e pessoas com deficiência serão atendidos e poderão chegar à portaria do nosso prédio com independência, segurança e comodidade”, afirma.
Durante a reunião, os presidentes do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, José Antônio Souto Siqueira, e do Projeto Mova-se, Bárbara Gaspari, elogiaram a iniciativa e anunciaram sua disposição de acompanhar as obras.
“A reforma vai nos proporcionar visibilidade e inclusão, permitindo que estejamos sempre presentes neste Plenário, trazendo nossas pautas para discussão”, disse Bárbara.
Para José Antônio, o ganho da sociedade é permanente. “Temos que destacar que a Câmara vai entregar à comunidade um prédio público completamente acessível. Hoje, é a sede do Poder Legislativo. Amanhã, seja o que vier a ser instalado aqui, já estará atendendo às normas e garantindo nosso acesso às dependências. Isso é cidadania e participação”, destacou Siqueira.
Elevador
O edifício-sede da Câmara foi construído no final dos anos 40, após demolição do prédio original construído em 1903.
Ao longo das décadas, passou por reformas e adaptações importantes, inclusive para suportar as novas tecnologias que surgiram no período.
“Além de humanização, este projeto vem cumprir novos requisitos legais e de segurança, atendendo às exigências do Corpo de Bombeiros e outros órgãos”, explica o presidente.
Segundo ele, não haverá prejuízo dos aspectos históricos do entorno, como a escada de pedras da Praça Jerônimo Monteiro. “Vamos entregar uma obra de qualidade e que respeita nosso patrimônio histórico e cultural”, garante.
O projeto trata das modificações arquitetônicas internas e externas do prédio. Estão incluídos projeto de acessibilidade, partindo da área da praça Jerônimo Monteiro, com instalação de elevador panorâmico, e também a construção de uma estrutura com saída alternativa para situações de risco e pânico, conforme exigência do Corpo de Bombeiros.
Além disso, serão executados os projetos elétrico e sanitário, com a inclusão de banheiros acessíveis nos andares; ampliação do estacionamento, com área específica para motocicletas, e vários outros itens, como o redesenho das divisórias internas.
Além dos projetos básicos, o documento contém o projeto executivo, memorial descritivo e planilha de custos para a realização da obra.
O trabalho foi elaborado pela empresa ML Projetos, de Vitória, vencedora de licitação realizada em maio, e tem o custo total R$ 68.514,46.
Já a reforma tem custo estimado de R$ 1.894.218,82, e será iniciada após a realização da licitação, que está em fase de planejamento.
“Pretendemos finalizar o processo até o final deste ano e logo dar início às obras, que poderão ser acompanhadas pela população em cada detalhe, dia a dia, pelo sistema Geo-Obras, do nosso Tribunal de Contas”, anuncia o presidente.