Após três dias de muita dedicação e demonstração de fé, os peregrinos foram recebidos ao som dos sinos da Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo, em Itapemirim, ponto final da caminhada de 100 quilômetros que teve início na sexta-feira (28), em Castelo.
Os romeiros saíram de diversas paróquias da Diocese de Cachoeiro para participar do Caminho do Amparo e chegaram no domingo (30). As chuvas, as dores, o cansaço, as bolhas nos pés entre outras dificuldades foram, aos poucos, sendo superadas em nome da fé. Alguns devotos seguem a rota para agradecer por alguma graça alcançada. Outros vão fazer algum pedido.
“Vim para agradecer à Nossa Senhora do Amparo, porque sou cardíaco, minha esposa faz hemodiálise e pedi a intercessão dela para nossa cura. Hoje estou aqui para agradecer pela minha saúde e de minha esposa, além de levar muitos pedidos de oração”, disse Marcio Henrique Fernandes da Silva.
Há três anos, Josilene Leal de Oliveira realiza o mesmo trajeto: “A primeira vez que vim caminhando para cá imaginei que não conseguiria, mas com a fé em Nossa Senhora, consegui, e apesar das dores – precisei tomar remédios e colocar os pés no gelo – vim pessoalmente agradecer”, conclui.
Muitos voluntários ajudam os peregrinos em pontos de apoio.
Ao chegarem na matriz, os devotos foram recebidos ao som dos sinos da matriz e por fiéis que, com cartazes, expressaram boas-vindas e gratidão.
A Santa Missa foi presidida pelo idealizador do “Caminho do Amparo”, padre José Carlos Ferreira da Silva e concelebrada pelo pároco Geraldo Gomes Leite. A procissão de entrada contou com os romeiros, um segurou a imagem de Nossa Senhora do Amparo.
“O Caminho do Amparo é um marco histórico e de fé. O objetivo dessa experiência é reproduzir os passos dos emigrantes que partiram do Montes do Castelo trazendo a Imagem de Nossa Senhora do Amparo, em 1764, quando se instalaram aqui em Itapemirim. Quatros anos depois, em 1769, criou-se a Paróquia com a mesma padroeira”, conclui padre José Carlos.