Desde quando Anna entendeu que o erro não estava nela, ela parou, Parou tudo: de se cobrar, de pedir ou suplicar um amor. A verdade é que ela parou de sentir a necessidade de ter alguém para amá-la.

Quando Anna parou, pensou e refletiu sobre quem ela era, nada a segurou! Surgiu nela o desejo de se conhecer e conectar-se consigo, todos os dias.

Anna voltou a seus antigos hábitos, que nem se lembrava que gostava. Marcou um café com suas amigas que se alegram ao saber que Anna estava livre.

Também voltou a ler seus livros de romance só que, agora, com uma nova perspectiva, com vontade de ser a protagonista. Passou um tempo com seus avós, visitou novos lugares, retornou a lugares antigos, organizou seu guarda-roupas e acima de tudo: Anna se organizou!

Mudando os móveis de lugar, ela também mudou os pensamentos de lugar, a necessidade de lutar pelo sucesso de um relacionamento fracassado virou uma mera lembrança, (e, para ser sincera, uma memória que lhe permite dar boas gargalhadas).

Anna reescreveu suas memórias, abraçou sua intensidade, e dedica boa parte do tempo investindo em si. Pode ser que o amor da sua vida, ou para sua vida, esteja na padaria do Sr. José, onde Anna ama tomar café. Ou, quem sabe, ela o encontre no mercadinho do Sr. Avelino, que frequenta assiduamente, tantas vezes, sem a intenção de comprar, mas sim para conversar. Anna ama falar.

A verdade, é que o amor não vai aparecer, ele já chegou! O amor chegou na vida de Anna a partir do momento em que ela se deu o previlégio de se conhecer e de se apaixonar pela Anna que sempre esteve lá.

“Para todas as Annas intensas, essa segunda crônica sobre Anna mostra que podemos começar e recomeçar quantas vezes quisermos, ou precisarmos. Até porque, nossa essência sempre estará lá”.

Que essa crônica seja um carinho na sua alma!