ARTIGO: Marcio do Nascimento Santana, historiador, montanhista, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Cachoeiro de Itapemirim.
Marcos 11, versículo 23:
“Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a esta montanha: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele”.
Sir Edmund Hillary, o aventureiro
Foi membro da Expedição Britânica do Everest, se tornando o primeiro homem a conquistar a maior montanha da Terra, juntamente com o sherpa (do nepalês Tigre das Neves) Tenzing Norgay, em 1953. Por causa de seu feito inédito, foi nomeado no mesmo ano Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, com o titulo de “Sir”.
Edmund Hillary ganhou fama internacional ao alcançar o Topo do Mundo e assim começou uma série de aventuras que chamou a atenção do mundo; e entre elas estão a ascensão de dez outros picos do Himalaia entre 1956 e 1965, uma expedição para encontrar o yeti (pé grande); e uma expedição ao Polo Sul como membro da Expedição Trans-Antártica da Comunidade em 1958, uma expedição de jet boat até o Ganges em 1977, e um voo para o Polo Norte junto com Neil Armstrong ( o astronauta )em 1985. E com esses ultimos feitos,essa figura lendaria,se tornou o unico homem na Terra a visitar os pontos mais extremos do planeta,ou os tres polos.
Ecologista, militante, empreendedor e voluntário
A partir da década de 1960, Sir Edmund empreendeu numerosos projetos de desenvolvimento em pequena escala em nome das comunidades sherpa no Nepal. Trabalhando com amigos, familiares e voluntários, Hillary construiu cerca de 30 escolas, duas pistas de pouso, dois hospitais e 11 clínicas da vila. Ele ajudou na restauração de mosteiros, instituiu programas de bolsas de estudo e treinamento de professores e estabeleceu projetos de reflorestamento em Khumbu, Mustang e na região de Annapurna.
Ele fundou o Himalaia Trust (uma ONG) para facilitar a captação de recursos, e mais tarde se juntou a essa organização não-governamental (ONG), a Sir Edmund Hillary Foundation (Canadá), a American Himalayan Foundation (EUA), a Hillary-Stiftung Deutschland (Alemanha) e outras organizações sem fins lucrativos.
Medalha Legado da Montanha Sir Edmund Hillary
A Medalha Hillary é um projeto da Mountain Legacy, uma ONG nepalesa (www.mountainlegacy.org); o presidente é o biólogo Kumar P. Mainali. A Medalha Hillary foi pessoalmente autorizada por Sir Edmund em 2002, e ratificada pelo Consenso de Namche, a declaração resultante da Conferência de Namche de 2003.
É concedida a cada dois anos a um indivíduo (raramente, dois indivíduos trabalhando em equipe) “por serviços notáveis na conservação da cultura e da natureza em regiões montanhosas”. A medalha reconhece o serviço e a memória de Sir Edmund Hillary (20 de julho de 1919 – 11 de janeiro de 2008) e homenageia as pessoas que praticam o montanhismo e que se destacam pelos preciosos serviços prestados ao meio ambiente e à preservação da cultura de seus povos.
As apresentações da Medalha Hillary ocorreram em vários locais, incluindo dois em Tengboche, Nepal, (2003 e 2008); dois em Melbourne, Austrália (2006 e 2010); um em Khumjung, Nepal (2011); dois em Katmandu, Nepal (2013 e 2017); e um em Ottawa, Ontário, Canadá (2015).
A Medalha legado da montanha Sir Edmund Hillary tambem vem com uma premiaçao em dinheiro, o equivalente a mais de 5 mil reais.
O Everest
O monte Everest, também conhecido no Nepal como Sagarmāthā, no Tibete como Chomolungma, Zhūmùlǎnchin Fsēng em chines e terceiro polo por geografos. É a montanha mais alta da Terra. Seu pico está a 8 848 metros acima do nível do mar, na subcordilheira Mahalangur Himal dos Himalaias.
A fronteira internacional entre o distrito nepalês do Solukhumbu e o distrito de Tingri da Região Autônoma do Tibete da China passa no cume. O nome Everest foi em homenagem ao cartógrafo que iniciou o processo de mapeamento e identificação da cordilheira do Himalaia, George Everest.
Obs: na planilha de mapeamento, o Everest era conhecido como montanha número 15.
Contemplados com as medalhas
2003: Michael Schmitz e Helen Cawley, para renovação do Mosteiro Tengboche, Khumbu, Nepal;
2006: Alton Byers, da Virgínia Ocidental, EUA, para pesquisa e desenvolvimento de áreas protegidas em regiões montanhosas;
2008: Anthony “Papa Tony” Freake, para phortse community project, Khumbu, Nepal;
2010: Scott MacLennan, para projetos em conservação de ecossistemas montanhosos, desenvolvimento econômico sustentável e apoio a culturas montanhosas únicas, especialmente no Nepal;
2011: Ang Rita Sherpa, para gestão de remotas áreas protegidas montanhosas no Nepal, Ásia Central e América do Sul;
2013: Harshwanti Bisht, por seu projeto Save Gangotri no Indiano Garhwal;
2015: Jack D. Ives, por ampla realização na proteção de ecossistemas e culturas montanhosas, e pela liderança na colocação de questões montanhosas na agenda política internacional;
2016: Engenheiro civil César A. Portocarrero Rodríguez de Huaraz, Peru, por seu trabalho na mitigação dos perigos da explosão do lago glacial (GLOF) no Peru;
2017: O explorador e antropólogo Johan Reinhard,da Virgínia Ocidental, EUA, para descobertas arqueológicas e bolsas de estudo no Himalaia e nos Andes;
2018: Alpinista e filantropo Daniel Mazur de Olympia, Washington, EUA, para projetos de resgate, recuperação e desenvolvimento no Himalaia;
2019: O preservacionista cultural e ativista social Didar Ali, de Gulmit, na região de Gilgit-Baltistão, no Paquistão, receberá a próxima Medalha Hillary em dezembro de 2019, pois seu trabalho é preservar e promover a língua e a cultura wakhi.
Para frente e para o alto
Montanha Brasil.