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Foto ilustrativa: Freepik

Não é só o corona: tomar sol nos horários de pico aumenta risco de câncer de pele

redacao
Redação Dia a Dia

O tempo ensolarado e quente característico do verão acende mais uma preocupação em meio à pandemia do novo coronavírus. De acordo com a médica Lorraine Juri, especialista em radioterapia, além do risco de contrair a Covid-19 em praias aglomeradas no Espírito Santo, ficar exposto ao sol nos horários de pico pode causar câncer de pele.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma é o tipo de tumor mais comum no Brasil: corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, com mais de 176 mil novos casos de câncer da pele em 2020.

“É importante evitar horário de exposição ao sol entre 10 e 16 horas (quando os raios ultravioletas estão em seu pico de radiação), usar filtro solar, óculos de sol com lentes UV, chapéus com abas largas, roupas que cubram bem o corpo e, sempre que possível, buscar abrigo embaixo de sombras e árvores. O coronavírus ainda não acabou, é preciso redobrar os cuidados para não piorar a evolução da pandemia. Tem que evitar aglomerações”, afirma a médica, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

Praia com distanciamento

A especialista recomenda ainda a não ficar em locais aglomerados durante o verão. A dica é procurar uma praia mais deserta, respeitar o distanciamento social de um metro e meio de outras pessoas, além de sempre higienizar as mãos.

“Tem que usar a máscara, sim, e manter distância de outras pessoas. Se for o caso, considere ir à praia fora do horário de pico e para locais menos populares. Ao ir para uma piscina, lembre-se de que, embora não exista evidência de propagação pela água tratada de acordo com as recomendações, as áreas comuns exigem distanciamento, máscaras e outras precauções usuais”, orienta Lorraine Juri.

A médica explica que apesar de tantas campanhas para a população se conscientizar e se proteger do sol para evitar o câncer de pele, o fato de o país ser de clima tropical, com sol forte brilhando o ano todo, contribui para sua alta incidência.

“No caso dos brasileiros, o problema se torna mais grave porque grande parte da população ainda não tem o hábito de passar filtro solar antes de se expor ao sol, somente quando vai à praia ou piscina. Histórico familiar, características da pele (pele clara é mais propensa a desenvolver o câncer) e excesso de exposição solar são fatores de risco para a doença”, explica a especialista.

Lorraine Juri é especialista em radioterapia. Foto: Julia Terayama/IRV

De acordo com Lorraine Juri, alguns sinais servem de alerta de que há algo errado com a pele.

“Uma lesão indicativa de câncer tem algumas características marcantes, como aparência elevada e brilhante, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda de cor e textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; e mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento”, pontua.

Tratamento com radioterapia

A radioterapia é um dos tipos de tratamento realizados atualmente para combater o câncer de pele. Dependendo do estágio da doença, pode apresentar altos índices de cura.

“A radioterapia é uma excelente opção de tratamento de câncer de pele. Os tipos mais comuns são os carcinomas basocelular e espinocelular. Mas lembrando que a radioterapia também pode ser usada para tratamento de tumores mais agressivos da pele, como melanoma e tumores de células de Merkel. A radiação pode ser usada de forma exclusiva, junto com outro tratamento ou depois de uma cirurgia. O tipo de radiação varia de acordo com o tipo de tumor”, explica Lorraine Juri.

Sobre o IRV

Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.

O IRV tem convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.

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