O presidente da Câmara de Vereadores, Brás Zagotto, anunciou que os vereadores não ficaram satisfeitos com as justificativas apresentadas nesta tarde pelo secretário de Fazenda, Márcio Guedes, sobre as mudanças nos valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e que vão atuar para reverter as alterações.
“Não queremos justificativas, mas solução. E a única solução que cabe é o cancelamento desse aumento”, afirmou o vereador. Segundo ele, estão sendo estudadas as possibilidades jurídicas para cancelar as mudanças: “É impossível que a conta caia nas costas do povo”.
O secretário esteve na Câmara Municipal nesta terça-feira para esclarecer o que provou as mudanças no IPTU. Após apresentar as justificativas, Márcio foi sabatinado pelos vereadores. No total, a audiência durou cerca de 6 horas e 30 minutos.
O que disseram os vereadores?
Paulo Sérgio de Almeida (PSB) – Afirmou que Cachoeiro possui a maior alíquota de IPTU do estado, disse que houve erros no recadastramento e reclamou dos métodos utilizados pela empresa, já que nenhum cidadão deixaria pessoas estranhas entrarem em suas casas.
Adriano Pereira Verediano (Mestre Gelinho – PSDB) – Lembrou que a sociedade passa por todas as dificuldades da pandemia, passou pelas enchentes, e pela greve da PM, e afirmou que este não é o momento para este ripo de alteração.
Alexandre Andreza Macedo (Alexandre de Itaoca – PSB) – Destacou que este não é o momento ideal para nenhum tipo de aumento, pois os cachoeirenses estão sofrendo com os efeitos da pandemia e das outras tragédias que Cachoeiro viveu.
Alexandre Valdo Maitan (DEM) – Disse que falta vontade política e sensibilidade ao município para ajudar a população que está aí, protestando na rua.
Allan Albert Lourenço Ferreira (Podemos) – Disse que o município não pode olhar para a questão do IPTU apenas como uma questão técnica, mas como uma questão social e humana.
Delandi Pereira Macedo (Podemos) – Defende que a Câmara entre com um processo judicial para tentar reverter a situação e sugere que o vencimento do IPTU seja prorrogado para novembro, para que a população possa pedir as revisões.
Arildo Tomaz Bucker (Boleba -PDT) – Afirma que não importa o motivo, mas que o aumento é real, e que não adianta ninguém discutir e nem defender o indefensável.
Diogo Pereira Lube (PP) – Entre outros assuntos, questionou a legalidade de um trabalho em que funcionários que não conseguiram entrar nas residências definiram o padrão de acabamento dos imóveis.
Evandro Miranda(Vandinho da Padaria – PSDB) – Afirma que acredita na possibilidade de revisão do aumento, pois, segundo ele, verifica-se que muitos erros foram cometidos.
José Carlos Corrêa Cardoso Júnior (Juninho Corrêa – PL) – Questiona alterações na classificação de imóveis feitas durante o recadastramento e solicita que a prefeitura divulgue os documentos que comprovem e demonstrem o trabalho feito pelos funcionários do recadastramento.
Leonardo Cleiton Camargo (PL) – Afirma que algo precisa ser feito, pois a população está sofrendo com a situação e não tem condições de pagar os novos valores do IPTU.
Leonardo Pinheiro Dutra (Léo Cabeça – PDT) – Afirma que os vereadores vão continuar tentando reverter a situação de todas as formas possíveis, recorrendo e apelando em todas as instâncias possíveis.
Marcelo Fávero de Oliveira (PL) – Ressaltou que os vereadores estão indignados, e que a única coisa que se aceita nesta situação é a revogação da medida, e não a revisão.
Paulo Grola (PSB) – Diz que alguma pessoas que conhece viram os recadastradores passando nas ruas, mas sem entrar nas casas, apenas tirando fotos.
Sandro Dellabella Ferreira (PSD) – Diz que toda a situação é muito triste, que os vereadores estão sendo pressionados a resolvê-la.
Sebastião Ary Correa (Patriotas) – Compara o novo IPTU a um tapa na cara da população e afirma que em vez de contratar a empresa, a prefeitura poderia ter contratado estagiários para fazer o serviço.
Osmar Francisco (Chupeta – Republicanos) – Diz que vem recebendo muitas reclamações sobre o IPTU e que vai pedir audiência com o prefeito para ver se é possível uma solução.
Fonte: Câmara Municipal