Visando a ampliação das relações comerciais entre o Brasil e China, a Frente Parlamentar Brasil-Espírito Santo-China da Assembleia Legislativa (Ales), presidida pelo deputado estadual Bruno Lamas (PSB), celebrou na sexta (10) um termo de cooperação com o Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina).
O documento tem validade até o final da atual legislatura, podendo ser renovado. A partir desta parceria, as partes poderão promover seminários, eventos, participar de missões à China e receber parlamentares chineses vindos ao Brasil e ao Espírito Santo.
Tanto a frente parlamentar como o Ibrachina estarão voltados para as relações comerciais e de negócios bilaterais Brasil-China, no que diz respeito ao Espírito Santo, destaca Lamas.
O potencial comercial e logístico do Espírito Santo foi destacado, bem como sua localização estratégica e o crescimento das relações comerciais do Brasil e do Estado com a China, diz Bruno Lamas, que lembra que a China é uma potência em ascensão.
“É um país que se desenvolve acima da média mundial. E o Brasil e o Espírito Santo, especificamente, possuem características e relações com o Gigante Asiático, na área do agronegócio, de rochas ornamentais, indústria e comércio”, ressaltou o presidente da Frente Parlamentar.
Bruno enfatiza que a Frente cria uma ambiência muito favorável, com segurança jurídica, para que a relação seja aprimorada, com o objetivo de promover o desenvolvimento local, e que o termo de cooperação aponta caminhos, gargalos e necessidades.
“O resultado desta parceria beneficiará não só o setor produtivo, mas as pessoas que esperam por geração de emprego e renda. Queremos fazer intercâmbio e receber os chineses aqui no Estado.
O presidente da Frente Parlamentar lembrou ainda que buscam a transferência de tecnologia e aprimoramento das relações comerciais, destacando os produtos de maior relevância na balança comercial capixaba. “Questões culturais, econômicas e sociais estão envolvidas. E a Frente é uma porta de entrada.”
O presidente da Coordenação das Relações Bilaterais Brasil-China na OAB Nacional, Thomas Law, afirma que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, por mais de 12 anos consecutivos, e declara que alguns números surpreendem.
“Desde 2007 até 2021, temos mais de 170 projetos confirmados no Brasil, com mais de US$ 60 bilhões de investimentos. As trocas comerciais entre Brasil e China ultrapassam US$ 100 bilhões anuais, desde 2019”, frisou.
Ele também ressaltou o interesse chinês na área cultural, a cooperação na área tecnológica, na segurança cibernética, além do enfrentamento da Covid-19 e das mudanças climáticas.
Tudo isso, segundo Law, com responsabilidade social, de governança e ambiental. Ele destacou o potencial do estado, com os minérios, mármores, granitos e logística.
O deputado federal Evair Vieira de Melo (PV/ES), vice-líder do governo na Câmara Federal e presidente da Frente Parlamentar de Comércio Exterior e Investimentos, disse que “não tem estado nem país fortes sem empresas fortes” e citou a China como exemplo.
Sobre as relações de comércio com o país, informou que “só de café e rocha são 120 mil contêineres. “Isso mostra que este estado tem essa facilidade de diálogo internacional, isso faz muita diferença”, ponderou.
Carlos Eiras, presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, ressalta que as relações comerciais do Espírito Santo com a China marcam o comércio direto de algumas cidades chinesas com municípios como Vitória, Vila Velha e Cachoeiro de Itapemirim.
Já Sóstenes Marchezine, vice-presidente da Coordenação das Relações Bilaterais Brasil-China na OAB Nacional, , disse que ho momento é histórico.
“O deputado Bruno Lamas assumiu o desafio e a missão de ser o protagonista dessa pauta e, a partir da Casa Legislativa, criar uma coalizão estadual e até nacional com essa pauta de grande valia”.
Marchezine também lembrou os 47 anos das relações diplomáticas e comerciais com a China, e destacou que o país é hoje o principal cliente, nação irmã e parceira do País. “Nós temos condições de tornar a China a primeira parceira comercial do Espírito Santo”, projetou.
O secretário-executivo da frente, deputado Dr. Rafael Favatto, destacou que a Ales está disponível e quer contribuir na desburocratização das relações. “Queremos ampliar o comércio entre Brasil e China e qualquer outro país que queira manter relações comerciais com os capixabas”, enfatizou Favatto.
O secretário-executivo disse ainda que o estado é bem localizado, e pode expandir todas as divisas, trazer a responsabilidade portuária para o Espírito Santo, desembaraço portuário.
“Somos o mais rápido do País. Temos condições de ser o armazém, o celeiro de nosso País. Temos condições de logística, visto o polo de Viana, o maior centro de logística do Estado. Mas não somente Viana”, pontuou.
O deputado informou também que a frente parlamentar terá abrangência maior, incluindo o comércio exterior, ou seja, abrangendo todos os países que fazem comércio com o Brasil e o Espírito Santo, mas que a prioridade deverá ser com a China.
LITORAL
O subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, Ricardo Peçanha, destacou que o governo tem por política estreitar as relações comerciais com a China, maior parceira do Brasil.
“Nenhum estado consegue competir com o Espírito Santo na área da logística, por sua vocação, tanto pela sua posição geográfica privilegiada, como por sua estabilidade econômica”, ressaltou.
Carlos Alberto Rafael, presidente da Junta Comercial do Espírito Santo, diz que a tarefa é agilizar o processo dos novos empreendimentos com os órgãos públicos.
“Somos um ponto fora da curva dentro da Federação, com as contas ajustadas, em ordem. Estamos na Junta Comercial e no governo para atender a todos”, ratificou.
