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Biologia Curiosa. Quem vencerá a luta, o sapo cururu ou o escorpião?

Fabiana-Bravo
Fabiana Bravo

A fábula do sapo e o escorpião conta a história de um sapo que estava a margem de um rio e quando estava prestes a atravessá-lo, apareceu um escorpião o qual pediu uma carona nas costas do sapo para conseguir chegar à margem oposta. O sapo lhe deu carona, mas quando estava no meio da travessia, o escorpião enterrou o ferrão no sapo que morreu logo em seguida envenenado, e, o escorpião afogado.

Hoje, iremos conhecer estes dois personagens um pouco mais a fundo e saber quem sobreviveria à luta na vida real. O sapo ou o escorpião? Para quem vai sua aposta?

Iniciaremos nosso artigo conhecendo nosso primeiro competidor, o sapo, da espécie Rhinella ictérica que também é conhecido como sapo-cururu ou sapo boi. É uma espécie comum. Pode ser encontrada na região sul e sudeste do Brasil, norte da Argentina e o leste do Paraguai. O tamanho varia, o macho tem em média 13cm e a fêmea 15cm. Colocam seus ovos em lagoas permanentes ou temporárias, e, seus ovos escuros ficam protegidos por um cordão de gel enrolado na vegetação aquática.

Na fase de girino são pequenos, se alimentam de matéria em suspensão dispostas na superfície de pedras e plantas submersas. Na fase adulta é comum serem encontrados em locais iluminados e povoados, isso, porque as lâmpadas dos postes e de casas atrai insetos, e estes servem de alimentos para nosso grande competidor, além desse cardápio eles se alimentam de formigas e besouros.

Já o nosso segundo competidor, o amarelo e venenoso escorpião, da espécie Tityus serrulatus tem uma história antiga. Há relatos de sua existência há mais de 400 milhões de anos. Esta espécie pode ser encontrada na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Goiás, abrangendo as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.

O escorpião da espécie Tityus serrulatus possui as pernas e a calda amarelo claro e o tronco escuro. O nome serrulatus se deve a uma serrilha que é encontrada nos 3° e 4° anéis da cauda. Estes animais se alimentam de insetos, dentre eles o grilo, barata e algumas espécies de aranhas.

Do ponto de vista médico é considerado a espécie que mais causa acidentes graves no Brasil, inclusive óbitos, que podem acontecer principalmente em crianças. E o mais incrível nestes animais é que eles não precisam do macho para se reproduzirem. Os óvulos se dividem e dão origem aos filhotes, sem a ajuda do macho. Este tipo de reprodução é denominado partenogênese.

Agora que conhecemos um pouco dos nossos dois competidores, vamos saber quem é o vencedor?

Um estudo publicado na revista Toxicon, o qual foi realizado pelo Instituto Butantan em parceria com a Universidade de Utah, nos Estados Unidos nos revelou que o vencedor é o sapo, o qual devora o escorpião em um piscar de olhos.

Mas, e o veneno do escorpião, não mata o sapo? Não. O sapo é resistente ao veneno do escorpião, e, para comprovar tal fato, os cientistas aplicaram uma dose de veneno equivalente a dez escorpiões no sapo e por incrível que pareça, ele não sentiu nada. Pelo contrário, se alimentou normalmente de algumas baratas, como se nada tivesse acontecido.

É importante ressaltar que há um grande aumento no número de escorpiões em áreas urbanizadas, com isso, há também um aumento significativo de acidentes com escorpiões. Uma das causas é a falta de controle biológico, que é quando um organismo controla outra espécie, ou seja, quando há um equilíbrio entre as espécies. E para que o equilíbrio seja efetivo é necessário que os predadores estejam próximos.

O escorpião tem hábito noturno, se movimentam durante a noite. A galinha, que é sua predadora, tem hábito diurno. O gambá, que também possui hábito noturno, não é um predador ideal porque vive a maior parte do tempo em cima de árvores, e os escorpiões caminham na terra próximo a entulhos, embaixo de folhas secas, ou seja, não está tão próximo de seu predador.

Quem realiza o melhor trabalho no que diz respeito ao controle biológico é sem dúvida o sapo cururu. Por isso, a recomendação é evitar matar os sapos, porque ele participa do equilíbrio das espécies de insetos e até mesmo do escorpião.

Portanto, protegendo o sapo cururu evitamos também o aumento da população de escorpião e consequentemente, diminuímos os acidentes com escorpiões, que podem ser letal.

 

Veja o momento em que o sapo devora um escorpião

 

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