Ao contrário do que se pensa, o verão não é a única época em que os tutores de pets devem prevenir os parasitas externos. As infestações podem ocorrer em qualquer época do ano, devido às constantes mudanças de temperatura, típicas do clima brasileiro.
As águas de março fecharam o verão – mas isso não quer dizer que os tutores de pets podem deixar de lado os cuidados com carrapatos e pulgas, mais comuns na estação mais quente do ano. De acordo com Cristiano Anjo, gerente de Marketing de Pet Health da Elanco para o Brasil e Cone Sul, o Brasil é um país com muitas oscilações de temperatura, o que acaba favorecendo infestações durante todo o ano.
“Além de causar muito desconforto, pulgas e, especialmente, carrapatos podem transmitir doenças graves, inclusive para humanos. Por isso, é preciso agir durante todo o ano e não focar nos cuidados apenas durante o verão, mesmo porque sabemos que, no Brasil, há períodos em que vivemos as quatro estações em um único dia”, afirmou Cristiano.
O desconforto mais comum causado pelos parasitas é a coceira, mas este é apenas um dos males. Carrapatos são responsáveis pela transmissão das hemoparasitoses, doenças em que o parasita infecta células do sangue. Entre elas, é importante mencionar a erliquiose, babesiose, anaplasmose e rangeliose, transmitidas pela picada do carrapato Rhipicephalus sanguineus. Conhecidas como ”doença do carrapato”, são graves, silenciosas, se manifestam de diversas formas e podem levar o animal a óbito.
Outro risco para pets – e também para humanos – é a febre maculosa, uma infecção causada pela Rickettsia rickettsii, que é transmitida pelo “carrapato estrela” por meio de sua picada. A transmissão da doença para as pessoas acontece quando o carrapato infectado pica o humano, inoculando a bactéria por meio da saliva do parasita, diretamente para a corrente sanguínea.
Agir de forma preventiva é sempre a melhor opção. É preciso manter os cuidados com os animais, com o uso periódico de produtos que combatam os parasitas externos antes que eles contaminem os animais e o ambiente. Segundo Cristiano, a maior parte dos tutores aplica produtos em seus animais somente após a visualização dos parasitas. “O conceito de prevenção ainda não está consolidado no Brasil. Por isso, consideramos fundamental disseminar informações sobre os hábitos dos parasitas e destacar que as doenças transmitidas pelo carrapato vêm crescendo no país devido às condições ambientais favoráveis e à adaptação desse parasita ao meio urbano”, afirma.
Outro ponto de atenção é o ambiente onde o animal vive. “Para se ter uma ideia, apenas 5% das pulgas e carrapatos (parasitas adultos) estão presentes no animal e 95% dos parasitas em suas formas jovens, como os ovos, larvas e pupas, estão presentes no ambiente,”, destaca o executivo.