Estrada Parque do Caparaó pode se tornar realidade, informa Dalva Ringuier

A ambientalista Dalva Ringuier, diretora-executiva do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Território do Caparaó Capixaba (Consórcio Caparaó), tem boas notícias sobre uma necessidade, um desejo e um sonho acalentado há mais de 30 anos.

Segundo ela, o governo do Estado assumiu o compromisso de pavimentar o trecho de 12 km entre a BR-262 e Pedra Roxa, nos moldes da Estrada Parque.

Num primeiro momento será feita uma estrada um pouco mais larga do que o padrão do Caminhos do Campo, usado na pavimentação das estradas rurais, mas o objetivo é chegar à estrada parque nos moldes nacionais, com espaço para pedestres, ciclistas, carroças e cavalos.

Deverá contemplar ainda pontos de parada e espaço para comercialização de produtos da região e ainda para recreação, a exemplo das que existem no interior de São Paulo e que são modelo para todo o país, esclarece a ambientalista.

Dalva, que é uma defensora ardorosa do meio ambiente e participa de ações de preservação de várias bacias hidrográficas na região nos últimos 40 anos, diz que esse sonho começou no início dos anos 90.

Segundo ela, os ambientalistas Constantino Korovaeff e Mirian Cavalcanti fundaram a ONG Associação Pró-Melhoramento Ambiental da Região do Caparaó Capixaba (Amar Caparaó) e são os idealizadores dessa conquista, que posteriormente foi abraçado pelo Fórum Pró-Caparaó.

Dalva destaca que é a idealizadora e uma das fundadoras da Associação dos Amigos da Bacia do Rio Itapemirim- AABRI.

“Participei de todas as expedições que percorreram o Rio Itapemirim e seus afluentes e estive presente em todas as lutas em defesa do meio ambiente”, enfatiza.

Segundo ela, sempre teve um grupo importante de cachoeirenses que estiveram juntos e fizeram toda a diferença nesse movimento. Pessoas apaixonadas pela natureza, pelo Rio Itapemirim, todos cientes da importância da sua preservação.

“Trabalhamos também para abrir a portaria do Parque Nacional do Caparaó pelo lado do Espírito Santo e trabalhamos para que fosse feito o tratamento de esgoto dos 18 municípios (17 no ES e  uma parte pequena de Lajinha, em Minas Gerais) para que as águas descessem limpas e não contaminassem as bacias hidrográficas”, ressalta.

É por isso que a notícia da pavimentação desses 12 primeiros quilômetros na saída da BR-262 é animador, já que o governo estadual se comprometeu a pavimentar outros trechos, mas os primeiros 12 são de fundamental importância para a região, entende a ambientalista.

Muito também porque poderá destinar as 200 mudas de ipê amarelo que tem no seu sítio e pousada Águas do Caparaó, em Mundo Novo, Dores do Rio Preto, no entorno do Parque Nacional do Caparaó.

“Vivo praticamente dentro da mata. Reflorestamos uma área enorme. Somos Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), trabalhamos com pesquisa científica, temos várias pesquisas na região. Somos também área de observação de aves. Eu não parei. Continuo dando palestras porque me especializei na formação de educadores para a área ambiental”, destaca.

– Já o terceiro abrangerá 43km da ES-190, entre a cidade de Dores do Rio Preto e Pedra Roxa, em Ibitirama, até seu limite sul no Espírito Santo.

– Os trechos contemplados alcançam os principais pontos turísticos da região, entre eles a vila do Patrimônio da Penha, em divino de São Lourenço. Nessa comunidade especificamente deverá ser construído um contorno para retirar o trânsito pesado de caminhões das ruas de paralelepípedos da bucólica localidade.