O cachoeirense Alvaro Abreu lança seu segundo livro de memórias “Viva a Produção Prazerosa – histórias das colheres de bambu” no dia 10 de outubro, das 17h às 21h, no Cervejiiinha Pub e Bar, em Cachoeiro.
Após o lançamento em sua cidade natal, Alvaro Abreu fará lançamentos também em São Paulo, em Vitória, no Rio de Janeiro, Brasília e Goiás, em datas a serem anunciadas.
Na contramão da tendência de digitalização e automação, Alvaro exalta o prazer em produzir com as próprias mãos e com ferramentas bem simples.
O escritor defende que sempre compensa. O texto, escrito em primeira pessoa, é leve, didático e descontraído e dividido em 14 capítulos e inúmeras croniquetas, com 264 páginas coloridas e ilustradas com ótimas fotografias.
Na obra o autor fala de seu interesse por ferramentas e de sua admiração pelos bambus e apresenta seus métodos de trabalho, suas atitudes, valores e reflexões sobre o fazer bem feito.
Alvaro define a produção prazerosa como um movimento impulsionado por pequenas e grandes emoções, que começam a brotar logo após que se toma a decisão de produzir alguma coisa, qualquer que seja ela.
E afirma que outras emoções vão surgindo sucessivamente, a cada etapa do processo, até que o resultado final se apresente e que a sensação de realização se instale e dure por um bom tempo.
Ao trabalhar sem projetos e livre dos males dos dinheiros e das imposições de normas, padrões e prazos, ele se move pelos prazeres de fazer algo que lhe agrade. Cada peça é única e seu formato resulta da sucessão de golpes e das restrições e especificidades de cada pedaço do bambu.
Encantamento
No livro, Alvaro descreve seu processo de trabalho como sendo composto por duas atividades que se sucedem em ciclos, até que a peça seja considerada pronta e acabada: a de descobrir um defeito e a de tentar saná-lo.
Relata também as iniciativas para divulgar o que faz e as surpreendentes consequências do encantamento de algumas pessoas por suas colheres. Compartilhar o que se tenha feito pode gerar desdobramentos impensáveis.
As composições formadas por dezenas de colheres singulares, quando apresentadas em fotos e em exposições, em movimentações que têm envolvido toda a sua família, vêm provocando impacto em muita gente, que se encanta com a variedade de formas e com as texturas do bambu, recurso renovável e abundante.
O livro traz relatos de experiências de expor as colheres de bambu em cidades brasileiras e também da Europa, incluindo oficinas e palestras sobre o prazer de produzir com as mãos.
O autor já expôs suas peças em diversas cidades brasileiras e também na Áustria, Alemanha e Suíça e conta que faz questão de ministrar oficinas de produção de colheres de bambu e de realizar palestras sobre o prazer de produzir com as mãos.
“Compartilhar esta experiência com as pessoas representa uma extensão do prazer que alcanço por meio desta atividade”, observa.
Alvaro frisa que compreende o fazer criativo como uma viagem movida por pequenas e grandes emoções, num processo que se inicia com a vontade assumida de produzir algo e a necessária preparação de materiais e instrumentos.