O Brasil se prepara para repatriar, nesta terça-feira (10), os brasileiros que estão na região de conflito entre israelenses e palestinos e querem deixar o Oriente Médio. Estima-se que existam 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil na Palestina. Trinta brasileiros vivem na Faixa de Gaza.
As informações foram dadas pelo comandante da Aeronáutica tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, na manhã deste domingo (8), em entrevista coletiva, no Itamaraty.
Segundo Damasceno, a primeira decolagem deve ser feita na segunda ou terça-feira, a depender da coordenação do Ministério das Relações Exteriores.
A decolagem, em Israel, deverá ser feita no aeroporto de Telaviv, no período da tarde, para facilitar o traslado dos brasileiros até o aeroporto. A ideia é que eles possam se locomover mais tranquilamente até o aeroporto, na parte da manhã.
Há outro KC-30 destinado para a missão e mais quatro aviões, dois de cada modelo: KC390, com capacidade para 80 passageiros, e o VC2, cedido pela presidência a República, com capacidade para 40 passageiros.
Neste primeiro momento, conforme Damasceno, a operação é voltada a brasileiros ligados à comunidade israelense. O governo estuda a operacionalização de iniciativa semelhantes em outras regiões do Oriente Médio.
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👉 Entrar no GrupoEstado de guerra
O gabinete de segurança de Israel declarou oficialmente estado de guerra, de acordo com a assessoria de imprensa do governo neste domingo (8). A guerra “foi imposta ao Estado de Israel num ataque terrorista assassino a partir da Faixa de Gaza” no sábado (7), afirmou o comunicado do governo.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que o país “se vingará poderosamente” pelo ataque de militantes palestinos. A declaração de guerra foi tomada de acordo com o Artigo 40 da Lei Básica de Israel, disse a assessoria de imprensa. Israel não tem uma constituição escrita, mas as suas 13 Leis básicas cumprem uma função semelhante.
O principal oficial das Forças de Defesa de Israel encarregado das atividades nos territórios palestinos disse após os ataques que o Hamas “abriu as portas do inferno”. Israel tem atacado Gaza com ataques aéreos, que mataram mais de 300 pessoas.
“Estamos embarcando em uma guerra longa e difícil. A guerra nos foi imposta por um ataque assassino do Hamas”, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu após uma reunião do gabinete de segurança na qual foi determinada a resposta do país ao ataque surpresa.
Mortes em Israel
O número de pessoas mortas em Israel após os ataques do Hamas já é superior a 500, segundo informações do Zaka, um serviço de resgate de emergência especializado no tratamento de corpos de mortos. Esse número não contabiliza vítimas que tenham morrido em hospitais e clínicas, o que indica que deve aumentar nas próximas horas.