Cachoeiro de Itapemirim perdeu nesta quarta-feira (22) um de seus mais ilustres filhos e maiores expoentes políticos. Roberto Almokdice Valadão, ex-prefeito da cidade, faleceu aos 85 anos em um hospital local, após um longo período de problemas de saúde e diversas internações.
Nascido em Colatina, em 20 de setembro de 1938, Roberto Valadão se destacou na carreira política em Cachoeiro, começando como líder estudantil.
Também na Cidade do Rei, ele cursou contabilidade e ciências jurídicas. Sua atuação destacada no movimento estudantil durante os anos de chumbo o levou a se tornar vice-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, ao lado de Hélio Carlos Manhães, e posteriormente vereador.
Valadão foi um defensor fervoroso da redemocratização do Brasil e combateu a ditadura militar. Sua postura firme contra o regime lhe custou caro: perdeu o irmão, Arildo, e a cunhada, Áurea, na Guerrilha do Araguaia, e sobreviveu a um atentado em que levou dois tiros no peito.
Eleito deputado estadual em 1979, Valadão teve uma carreira ascendente, que o levou à prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim em dois mandatos, de 1983 a 1988 e de 2005 a 2008.
Como prefeito, foi responsável por diversas melhorias na infraestrutura da cidade. Em 1990, foi eleito deputado federal, onde permaneceu por dois mandatos até 1998, destacando-se pela aprovação do projeto que tornou crime hediondo a falsificação de remédios.
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Vida Pessoal e Legado
Valadão casou-se com Eloiza Borges Valadão em 1970 e teve cinco filhos: Gláucia, Glauber, Roberta, Juliana e Helena. Era conhecido por ser um pai dedicado e sempre presente na vida de seus filhos.
Roberto Valadão deixa um legado de luta pela democracia e desenvolvimento de Cachoeiro de Itapemirim.
Ele foi uma figura chave na fundação do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e, mais tarde, do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro).