A estudante Júlia Cardoso de Souza, de 11 anos, foi a primeira criança vacinada contra a Covid-19 em Cachoeiro. Ela recebeu a vacina da Pfizer em solenidade na Unidade Básica de Saúde do Aquidaban na manhã desta quarta-feira (19).
“Não doeu muito, é normal sentir um pouquinho de dor na vacina. Eu só fiquei nervosa porque tem muita gente. É normal. Mas a vacina vai me ajudar muito. Porque quando a gente está em casa a gente não tem nada para fazer, não tem amigo para conversar, é bem chato. Então eu acho que todo mundo deveria tomar a vacina. E mesmo vacinado temos que manter os cuidados”, frisa.
O empresário Joaquim José Ferreira de Souza, 52 anos, pai de Júlia, diz que a vacinação da filha é muito importante para ele, e que espera que a vida volte ao normal e que todos os pais levem os filhos para vacinarem, já que tem certeza que isso vai ajufar as coisas a voltarem à normalidade. “Se não fosse para vacinar, não existiria vacina”, destaca.
Joaquim diz que a polêmica em relação à vacina não tem nexo. “Se vacina fosse ruim não tinha contra sarampo, contra a catapora, contra a meningite. Nós estamos vivendo uma onda de pandemia em que as pessoas estão restritas nos seus lares, sem convívio social e para mim foi muito importante. E principalmente a minha filha, que perdeu praticamente dois anos de escola e está vivendo sozinha, isolada socialmente, sem colegas”, enfatiza.
O secretário de Saúde de Cachoeiro Alex Wingler informa que o município segue o padrão do Ministério da Saúde, que tem uma nota técnica que orienta todos os municípios a como proceder.
“A Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde no Espírito Santo (CIB/SUS-ES) se reuniu e montou todo um protocolo para vacinar de forma eficiente e segura. E também de acordo com a quantidade de doses que chegaram. Como a quantidade de doses não é tão grandes, estamos priorizando, de acordo com a nota técnica, as crianças com comorbidades e doenças permanentes”.
Mas o secretário destaca que com a chegada de novas doses, a vacinação pode ser ampliada para crianças com nove, 10 e 11 anos. “Então quem quiser fazer o agendamento para crianças nessa idade pode fazer”, pontuou.
O prefeito Victor Coelho ressalta que chegou o momento de vacinar a crianças exatamente um ano depois do início da vacinação de adultos no muicípio.
“Isso mostra o avanço da vacinação não só em Cachoeiro, mas no estado e no Brasil. É a única solução para vencer esse vírus. Estou muito feliz de estar aqui nesse momento histórico. Se Deus quiser vamos vencer mais esse desafio em nossa cidade”, conclui.
Após a solenidade simbólica da vacinação da primeira criança em Cachoeiro, os vacinadores seguiram para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), no bairro São Geraldo, onde 470 crianças de 5 a 11 anos deverão ser vacinadas.
“As crianças podem transmitir o coronavírus para outras pessoas e, também, estão sujeitas a complicações decorrentes da Covid-19. Além disso, há fatores de contágio relevantes para elas, como atividades nas escolas e brincadeiras entre amigos, por isso, a vacinação pediátrica é fundamental – e segura, como já foi atestado cientificamente”, destaca o secretário municipal de Saúde, Alex Wingler.
SAIBA MAIS
– Pais e responsáveis por crianças de 9 a 10 anos sem comorbidades também podem agendar a vacinação pediátrica para Covid-19 em Cachoeiro;
– Das 600 vagas disponibilizadas, 139 haviam sido ocupadas até o início da manhã desta terça (18). A marcação deve ser feita pelo site agendamentosaude.cachoeiro.es.gov.br;
– Locais disponíveis para vacinação: Unidades Básicas de Saúde da Vila Rica, Jardim Itapemirim, Village da Luz, Aquidaban e Zumbi e a Policlínica Municipal Bolívar de Abreu.