Cafeicultores do Sul do Estado brilharam na categoria conilon do 5º Torneio de Café Fair Trade do Brasil, que é uma certificação internacional de qualidade. Luiz Claudio de Souza, produtor de café conilon em Muqui, foi o primeiro colocado. Aliciana de Castro Mauri, de Jerônimo Monteiro, e Daiana Souza Carrari, de Muqui, ambas do “Pó de Mulheres”, ficaram na segunda e terceira colocações, respectivamente.
“É uma vitrine para o café conilon especial. Estes cafés vencedores vão participar de feiras internacionais. O lote da Aliciana já foi arrematado por R$ 750,00 a saca por um comprador da Alemanha. Sem a premiação, a saca sairia por cerca de R$ 350,00. Só com o diferencial de preço que ele está recebendo, ele cobriu todos os investimentos em infraestrutura necessários para produzir café de qualidade”, disse o gerente operacional da Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), Talles de Souza.
O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Paulo Foletto, comemorou o fato de o café capixaba estar em alta no mercado.
“Nos últimos anos aumentamos as nossas exportações para países do Oriente Médio, Europa e até para a China. A qualidade de nossos cafés é motivo de orgulho para o Estado. Essa conquista é fruto do trabalho de pesquisa, assistência e extensão rural, além de iniciativas do poder público e da sociedade civil, que trabalham paralelamente para valorizar e potencializar a cafeicultura do Espírito Santo”, avaliou.
Premiação
Outra premiação recebida pelo Estado foi para o agricultor Sivanius Kutz, produtor de arábica em Itarana. Ele foi o primeiro colocado na categoria café descascado do concurso “Nosso Café”, promovido pela empresa Yara. O cafeicultor concorre a outra premiação: ele é um dos quatro capixabas que concorrem ao Coffee of the Year na categoria arábica.
“Isso ratifica que os investimentos para produção de café especial compensam do ponto de vista econômico e social. Temos que incentivar cada vez mais os produtores a trabalharem pela melhoria contínua da qualidade do café. Porque o mercado solicita um café de qualidade superior e recompensa com o pagamento de ágio ao produtor, que paga os investimentos que o cafeicultor fez na qualidade”, disse o diretor-técnico do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Nilson Araujo Barbosa.