Depois de 14 dias, o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim retomou essa semana com as cirurgias eletivas, suspensas desde o dia 27 de janeiro devido aos estragos provocados pela enchente na central de distribuição da instituição, situada no bairro Arariguaba.
De acordo com o hospital, somente com medicamentos e materiais de uso hospitalar foram perdidos R$ 923 mil com a enchente. Somando aos equipamentos danificados, reparos na estrutura física e a suspensão dos serviços, os prejuízos chegam a R$ 1,6 milhão.

“Logo após a catástrofe que ocorreu na cidade e os danos causados em nosso almoxarifado, reunimos imediatamente a equipe e traçamos estratégias para contornar a situação, uma vez que tivemos que suspender serviços essenciais”, ressaltou o presidente do Conselho Deliberativo do hospital, Eliseu Crisóstomo Vargas.
Segundo o superintendente do hospital, Wagner Medeiros Júnior, a retomada das cirurgias foi possível graças às doações realizadas pela população que permitiu à instituição arrecadar mais de R$ 320 mil e a sinalização positiva do governo do estado, que se prontificou a ajudar.
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Ao todo foram suspensas quase 100 cirurgias eletivas. “Até soro, materiais de hemodiálise e medicamentos utilizados nas cirurgias foram perdidas. Tudo que foi molhado pela enchente, precisou ser descartado”, disse Wagner.
O superintendente ressaltou ainda o apoio das instituições filantrópicas de Cachoeiro, como a Santa Casa e o Hospital Infantil, e de cidades vizinhas, que emprestaram materiais de uso hospitalar e medicamentos.
O diretor clínico do hospital, Bruno Rezende, informou que as cirurgias clínicas suspensas estão sendo reagendadas de acordo com o grau de urgência de cada uma delas. A expectativa dele é que a situação esteja normalizada dentro de 60 dias.
“Cirurgiões, anestesistas e demais profissionais estão se esforçando para atender o máximo de pacientes que tiveram cirurgias suspensas no menor tempo possível”, destacou o diretor clínico.