O governador Renato Casagrande afirmou em videoconferência com a imprensa que espera que o Espírito Santo não chegue a necessitar do lockdown (confinamento), medida adotada por países da Europa em que praticamente toda a economia é obrigada a parar por conta da pandemia de coronavírus e a população não pode sair de casa, em função do colapso no sistema de saúde. Ele destacou que para isso não acontecer será necessário que as pessoas se conscientizem e mantenham o isolamento social acima de 50%.
“Estamos tentando correr mais rápido do que o número de pessoas que chegam nos leitos. Enquanto tentamos correr, pedimos para que as pessoas fiquem em casa, cumpram o isolamento social. Quando se fala em lockdown, de fato é fechar todas as indústrias, serviços e comércio, menos supermercados e farmácias. É proteger as pessoas de saírem de casa. Isso foi feito em alguns países. Pode ser que a gente chegue nisso, mas espero não chegar nesse nível de radicalização”, disse o governador na última quinta-feira (30).
Casagrande ainda ponderou: “O lockdown não vem se as pessoas não estiverem preparadas. Governo pode decretar e as pessoas não cumprirem. Elas ainda não estão com medo do vírus suficiente para ficar em casa. Espero que não seja necessário porque o tempo certo só chega junto com o desastre, e queremos evitar o desastre”, afirmou.
Isolamento social
De acordo com Casagrande, o índice de isolamento social está caindo entre a população. Ele voltou a fazer um apelo para que as pessoas que puderem fiquem em casa durante a pandemia.
“O isolamento social, que já chegou a 60% aqui, está em 46%. Uma empresa faz esse acompanhamento para nós de graça. Operadoras de telefonia também. O isolamento caiu. Não é o pior do Brasil, mas está na média. Precisamos crescer o isolamento para salvar vidas. Por isso que ainda não decidimos se vamos flexibilizar a abertura do comércio (na Grande Vitória). Mas não podemos por muito tempo sacrificar só um setor da atividade econômica. De fato, o mais simples de reduzir interação é manter o comércio fechado. Mas não pode ser isso o tempo todo para não sacrificar permanentemente muitas empresas e empregos”, disse.