Comerciantes e prestadores de serviços de Mimoso do Sul realizaram manifestação na praça principal da cidade, na manhã desta segunda-feira (22), em protesto pelo fechamento do comércio, determinado pelo governo do estado na semana passada.
A quarentena foi decretada na quinta-feira (18) como forma de conter o avanço da Covid-19 e segue até o dia 31. Até lá, somente lojas consideradas essenciais e indústrias podem abrir. As demais precisam ficar fechada.
Com cartazes e faixas, eles chegaram a fechar por algum tempo as ruas de acesso à praça da cidade, como forma de chamar a atenção da população.
“Não concordamos que alguns comércios chamados não essenciais fiquem fechados, enquanto outros estão abertos, com aglomeração. Nosso comércio não tem aglomeração e seguimos todas as regras sanitárias, com álcool em gel e cartazes informativos”, reivindicou a comerciante Rosa Maria Pena Braga Lopes.
Rosa está preocupada com as contas que vão vencer e os salários dos funcionários. “Recebi R$ 50 mil de mercadorias. E tenho que cumprir com os compromissos. Tenho duas lojas e seis funcionários”, explicou.
O comerciante Dinomar Pereira dos Anjos Filho também concorda: “Não irá mudar a situação do vírus se nosso comércio abrir. 70% da cidade está aberta. Casa de material de construção, loteria, farmácia, supermercado e todos com aglomeração. Por que só as lojas pequenas estão fechadas?”.
Para a comerciante Patrícia Moreira, as lojas podem se adequar às regras, mas não podem continuar fechadas. “Queremos o direito de trabalhar, honrar com nossas contas, os compromissos, que são diários. Fazemos o que tiver que ser feito. Se não puder entrar duas pessoas na loja, que entre um, mas a gente precisa abrir”, disse.