A Polícia Civil localizou na manhã desta terça-feira (31), em Cachoeiro de Itapemirim, um homem de 25 anos suspeito diversos crimes de roubo que vêm ocorrendo no comércio cachoeirense, delitos esses cometidos pelo criminoso que ficou conhecido na região como o “Nóia da Faca”.
A ação, realizada pelo Departamento Especializado em Investigações Criminais (Deic), é uma continuidade da “Operação Salvo-Conduto”.
O suspeito foi surpreendido em sua residência, após “campana” feita no Bairro Jardim América. No local, os investigadores localizaram diversas peças de roupas utilizadas nos crimes.
De acordo com o Deic, o criminoso assumiu a autoria de ao menos quatro crimes de roubo com uso de arma branca, ocorridos nos bairros IBC, Agostinho Simonato e São Francisco de Assis, sempre em estabelecimentos comerciais.
Os investigadores apuraram que o criminoso sempre age sozinho, surpreendendo funcionários dos estabelecimentos, dando preferência a locais onde trabalham apenas mulheres. Ele aponta a faca para as vítimas, profere ameaças de morte, e subtrai dinheiro e objetos diversos.
Segundo o delegado Rafael Amaral, apesar da confirmação de autoria, por diversos meios de prova, o homem foi levado à sede do Deic, teve suas declarações colhidas e em seguida liberado, tendo em vista que não se trata de flagrante, pois os crimes até aqui investigados ocorreram na última sexta, sábado e domingo.
Todavia, afirmou o delegado, certamente será representado pela prisão preventiva do investigado, já que, ao que parece, tais crimes não cessarão, por se tratar de criminoso contumaz.
Operação Salvo-Conduto
Diante da revolução do setor comercial, na Europa, durante Idade Média iniciada no século XI foram implementadas algumas ações que visavam dar maior segurança aos “mercatores” (comerciantes), o que motivou os “Senhores” da época a criarem o “Salvo-Conduto”, que nada mais era do que conceder a “paz do mercado” ou “paz da feira”, coibindo crimes e transgressões das mais diversas.
Tal política foi habilmente seguida pelos condes de Champanhe, que também se serviram do “salvo-conduto” e dos guardas das feiras para garantir o sucesso e o bom funcionamento das mesmas.