Seis pessoas podem ter contraído febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato, na localidade de Rio Muqui Pedra, interior de Itapemirim. Uma delas, segundo a prefeitura, morreu na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro e cinco estão internadas no Hospital Evangélico de Itapemirim.
Destas seis pessoas, segundo moradores, duas comeram carne de capivara, espécie animal que vive à beira de rio e que está sendo muito comum naquela localidade. Moradores afirmam que a região também está infestada de carrapato estrela.
A situação chamou a atenção de autoridades sanitárias. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a Secretaria Municipal de Saúde de Itapemirim e até a Polícia Civil investigam o caso.
Segundo a prefeitura, dos seis casos notificados, dois casos foram confirmados e quatro estão aguardando análise.
Uma das vítimas é o vendedor Antônio Everaldo Rodrigues, 49 anos, o Alagoano, que morreu na terça-feira (27).
Ele começou a passar mal dias após comer a carne de capivara e foi internado na segunda-feira (26) com dor abdominal, insuficiência respiratória e dor no corpo.
A Polícia Civil foi acionada, pois algumas pessoas suspeitaram que a carne estivesse envenenada.
A carne, segundo a prefeitura, foi encaminhada para análise e aguarda o resultado.
Sobre as pessoas hospitalizadas, uma moradora está em estado gravíssimo na UTI do Hospital Evangélico de Itapemirim. O marido dela também chegou a ficar na UTI, mas foi para a enfermaria.
A reportagem recebeu a informação de que na tarde desta quarta-feira (28) uma criança, filha do casal, também foi internada com febre, podendo ser mais um caso suspeito.
Segundo a Sesa, o Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen/ES) está trabalhando em regime de urgência para rápida liberação dos resultados dos casos suspeitos.
Uma equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), ligada à Sesa, está no município auxiliando na investigação desses casos.
Em nota, a prefeitura ressaltou que a febre maculosa é transmitida por carrapato contaminado por bactéria e é pouco provável a transmissão através da ingestão de carnes.
Também afirmou que a região e todos os pacientes estão sendo acompanhados e monitorados pela Vigilância Epidemiológica do município com o apoio do Estado.