Pode-se dizer que domingo é o dia mais aguardado, penso que para a maioria das pessoas. Teoricamente, esse é o dia que marca o início da semana, cultural e socialmente, entendemos de que se trata de seu final.
Para muitos, domingo é dia de encontrar a família, ir à igreja, passear ou, apenas, descansar. Mas há aqueles que, feliz ou infelizmente, vivem o domingo como qualquer outro dia.
Nasci e fui criada na comunidade Pedra do Itabira, interior de Cachoeiro de Itapemirim, estado do Espírito Santo. Nessa localidade existe apenas uma igreja, a CEBs (Comunidade Eclesial de Base) Nossa Senhora da Penha, situada nos arredores do Pico do Itabira, o Monai (Monumento Natural do Itabira).
Para nós, fiéis e frequentadores dessa capela, domingo é dia festivo e de encontros para rever grandes amigos. Além de, obviamente, ser o dia de celebração e festa do Senhor.
Uma vez por mês, o domingo é marcado pela missa que, após o rito religioso, ocorre a partilha de alimento. Agendado sempre para as 10 horas da manhã, nossas famílias, quando possível, contribuem com um prato de alimento. Esse ato reflete no rito religioso, uma vez que, quem preside a missa pode se estender até uma hora na homilia, pois todos estão despreocupados com o almoço, sabendo que após a celebração terá a partilha. A refeição está garantida.
Domingo, para nossa comunidade, deixou de ser um dia apenas de oração familiar, tornando-se um dia de fraternidade, compaixão e humildade, sentimentos presentes em cada conversa puxada na roda de amigos e vizinhos.
O domingo é matemática nessa comunidade, pois cada família que contribui com um prato aumenta a soma do almoço. Como diz o conhecido ditado popular “de grão em grão a galinha enche o papo”, e também a sagrada passagem bíblica que afirma “ao partir o pão e peixe o milagre da multiplicação acontece.”
O domingo jamais será visto por nós como antigamente. Esse dia de partilha se tornou uma tradição. Tornou-se parte de nossa identidade.
O reitor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Jadir Pela, esteve em Presidente Kennedy…
A cadela surfista Maya, de Marataízes, fez bonito mais uma vez e subiu ao pódio…
Moradores de Mimoso do Sul se reuniram nesta segunda-feira (24), na praça da cidade, para…
Na manhã desta terça-feira (25), a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, por meio da Secretaria…
O governador em exercício do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, está em Cachoeiro de Itapemirim nesta…
A Prefeitura de Piúma, por meio do Decreto nº 3.036, de 20 de março de…
This website uses cookies.
View Comments
Que lindo, Dandara! Quando eu morava no Rio, frequentei durante uma época a igreja ortodoxa russa, cujos membros eram, em sua maioria, russos residentes na cidade que se encontravam aos domingos para dividir sua língua e sua cultura com seus conterrâneos. Também havia muitos brasileiros e todo domingo, após a liturgia, também tínhamos momentos de partilha!